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OMS define 10 prioridades de saúde para 2019

Para alcançar os propósitos de 2019, entre os quais estão prover o acesso a mais 1 bilhão de pessoas, e garantir proteção contra emergências de saúde para 1 bilhão de indivíduos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulou dez prioridades para este novo ano. A Atenção Primária à Saúde (APS) aparece entre elas, apesar de não ser valorizada pelo papel central que poderia ter para o alcance das outras nove prioridades.

  1. Poluição do ar e mudanças climáticas: além das consequências diretas que tem para a saúde, a poluição do ar está estreitamente ligada à mudança climática, que também afeta a saúde das pessoas de diferentes maneiras, especialmente nos países de baixa e média renda. A OMS começou a priorizar este tema desde o final de 2018, organizando sua primeira Conferência Global sobre Poluição do Ar e Saúde.
  2. Doenças crônicas não transmissíveis: em colaboração com os governos, a OMS decidiu concentrar seus esforços em 2019 na redução da inatividade física, a qual representa um dos maiores fatores de risco para a ocorrência de doenças crónicas, sendo estas responsáveis por mais de 70% de todas as mortes no mundo, predominantemente nos países de baixa e média renda.
  3. Pandemia de gripe: a OMS está à frente de uma rede de 153 instituições em 114 países envolvidas na vigilância e resposta global às pandemias de influenza. O monitoramento dos vírus em circulação é constante, e a organização mantém parcerias com atores nacionais chaves para garantir a provisão de diagnósticos, vacinas e tratamentos antivirais, especialmente em países de baixa e média renda.
  4. Cenários de fragilidade e vulnerabilidade: com 22% da população mundial vivendo em locais de crises prolongadas, a OMS visa continuar trabalhando com países que apresentam cenários frágeis para ajudá-los a fortalecer seus sistemas de saúde, e prover a todos seus cidadãos acesso aos cuidados básicos de que necessitam.
  5. Resistência antimicrobiana: a capacidade de bactérias, parasitas, vírus e fungos resistirem a medicamentos vem desvalorizando os avanços feitos em relação ao combate de doenças infecciosas como pneumonia, tuberculose, gonorreia e salmonelose, sendo essa resistência devida à utilização excessiva de remédios antimicrobianos tanto nas pessoas quanto em animais. A OMS está atenta a essa questão e pretende reforçar a sua colaboração com os setores correspondentes para aumentar a conscientização sobre o tema.
  6. Ebola: vários setores solicitaram que a OMS focalize seus esforços em 2019 para preparação para enfrentar situações de emergência. Assim foi desenvolvido o plano R&D Blueprint, que identifica doenças e patógenos sem tratamentos e vacinas eficazes e que representam um risco de emergência de saúde pública, como o vírus Ebola.
  7. Atenção Primária à Saúde: à luz dos compromissos assumidos por todas as nações e atores que assinaram a Carta de Astana, em outubro 2018, no Cazaquistão, a OMS se compromete a trabalhar para revitalizar e fortalecer a APS, reconhecendo a importância desta para o alcance da cobertura universal em saúde.
  8. Relutância em vacinar: a OMS acredita que os profissionais de saúde mais próximos à população têm um papel crucial na decisão dos pais de vacinar seus filhos. Portanto, promove iniciativas que apoiem estes profissionais, especialmente na intensificação de esforços contra o câncer de colo uterino e o vírus da pólio, através da vacinação de todas as crianças.
  9. Dengue: esta doença potencialmente letal, que anteriormente ocorria em países tropicais durante as estações chuvosas, está começando a aparecer em países mais temperados, apresentando uma grave ameaça para a saúde pública mundial. A OMS está dedicada à redução em 50% das mortes causadas pelo virus da dengue até 2020, através de uma estratégia para controlar sua difusão.
  10. HIV: em dezembro 2018, em colaboração com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a OMS difundiu recomendações e orientações para a provisão de um autoteste de HIV nos locais de trabalho. Esta representa uma das atividades para promover essa nova forma de diagnóstico, com a qual a organização espera desacelerar a epidemia que mata quase 1 milhão de pessoas a cada ano.

Para mais informações, acesse o site da OMS aqui.

Por Diana Ruiz e Valentina Martufi – doutorandas que contribuem para a REDE APS

 

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