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Arquivo Mensal março 2019

Atenção primária à saúde em Teresina: pública, forte, universal

Os coordenadores da Rede APS Lígia Giovanella e Luiz A. Facchini  estiveram, durante  toda a semana, em Teresina e participaram de reuniões com o prefeito da cidade Firmino Filho e com o secretário municipal de saúde  Charles Carvalho Camillo da Silveira. O encontro teve como objetivo apresentar o estudo que está sendo organizado pelos pesquisadores – Atenção primária à saúde em Teresina: pública, forte, universal- e é uma etapa do Laboratório de Inovação em Atenção Primária à Saúde (APS Forte) da OPAS. Também participaram das atividades Renato Tasca da OPAS e a pesquisadora da UFF, que também integra a equipe de trabalho, Patty Fidélis.

Selecionamos abaixo as matérias que foram publicadas na imprensa local 

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, recebeu hoje (27), no Palácio da Cidade, representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e pesquisadores da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), que estão na cidade com o objetivo de acompanhar e sistematizar as transformações que estão ocorrendo na saúde da capital, além de também dar visibilidade para práticas que respondam de forma inovadora para problemas comuns da saúde.

http://www.fms.teresina.pi.gov.br/noticia/2502/prefeito-recebe-tecnicos-da-opas-e-abrasco-e-fala-do-fortalecimento-da-atencao-basica-da-capital

Pesquisadores da Rede de Pesquisa em APS da ABRASCO estão em Teresina. A visita, que segue até dia 29 de março, é uma etapa do Laboratório de Inovação em Atenção Primária à Saúde (APS Forte) da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Na tarde de hoje, 26, profissionais da Fundação Municipal de Saúde (FMS) apresentaram a Central de Regulação Ambulatorial, Hospitalar e de Transporte da capital aos pesquisadores Luiz Augusto Facchini, Patty Fidelis e Lígia Giovanella.

http://fms.teresina.pi.gov.br/noticia/2499/sistema-de-regulacao-de-consultas-de-teresina-e-apresentado-a-pesquisadores-da-abrasco

O fortalecimento da Atenção Básica de Saúde como Produto e Produtor do Conhecimento foi tema da roda de conversa que aconteceu hoje entre representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), pesquisadores da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e profissionais de saúde que atuam em experiências de integração ensino-serviço-comunidade e educação permanente.

http://www.fms.teresina.pi.gov.br/noticia/2503/saude-comunitaria-e-discutida-em-reuniao-entre-pesquisadores-da-abrasco-e-parceiros-da-fms

Os profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) Poty Velho realizaram na manhã de hoje, 28, atividade voltada à comunidade, com o público alvo envolvendo gestantes e puérperas. A oportunidade serviu para que representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e pesquisadores da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) pudessem conhecer melhor o trabalho desenvolvido pelas Equipes de Saúde da Família da unidade. Os pesquisadores estão na cidade com o objetivo de acompanhar e sistematizar as transformações que estão ocorrendo na saúde da capital, além de também dar visibilidade para práticas que respondam de forma inovadora para problemas comuns da saúde. 

http://fms.teresina.pi.gov.br/noticia/2506/pesquisadores-da-abrasco-conhecem-trabalho-desenvolvido-na-ubs-poty-velho

A visita dos pesquisadores da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) à Teresina encerrou hoje, 29, com uma roda de conversa entre conselho local de saúde e gestores da Fundação Municipal de Saúde (FMS) na Unidade Básica de Saúde (UBS) Cidade Jardim. Foi abordado a temática empoderamento, autonomia e promoção da saúde e formação de liderança. 

http://www.fms.teresina.pi.gov.br/noticia/2510/pesquisadores-da-abrasco-encerram-semana-de-atividades-na-capital

 

 

Além do cuidado centrado nos pacientes: cuidado centrado nas comunidades

A doutora Juliana E. Morris propõe uma nova abordagem à noção de medicina da comunidade, apresentando os benefícios de uma integração entre serviços de saúde e outras iniciativas sociais, a partir de uma reflexão sobre sua trajetória política e no campo da atenção básica.

Neste artigo,  Morris relata a experiência de alguns pacientes que além de uma condição mórbida, apresentavam alguma situação de vulnerabilidade que contribuía para o agravamento do quadro de saúde. O primeiro caso, foi de uma portadora de Diabetes tipo 1,  cuja condição de imigrante sem documentação nos EUA afetava negativamente a sua saúde A médica desta paciente recomendou que se juntasse a um movimento social juvenil para imigrantes sem documentação, para tentar resolver sua situação de cidadania, e conseguir perseguir seus sonhos de estudos e emprego. A paciente em questão não só entrou ao movimento, mas também voltou uma líder do mesmo. Assim foi que o ativismo social ajudou a melhorar a saúde dela, inspirando a doutora Morris a utilizar a mesma abordagem com outro paciente, cuja condição de falta de cidadania também estava piorando sua situação de saúde.

Porém, reforça a autora, não foi fácil enfrentar este novo caminho sem uma infraestrutura organizada detrás: a médica ficou com receio de recomendar ativismo social a um paciente que havia procurado ela para tratar sua síndrome do intestino irritável. Ainda assim decidiu se informar sobre as organizações locais que poderiam ajudar o paciente dela desde um ponto de vista social, e o encaminhou para aproveitar do apoio existente na sua comunidade.

À luz destas experiências, Morris propôs integrar mais sistematicamente a provisão de serviços de saúde com as redes de organizações comunitárias, que podem prover apoio para os pacientes resolverem questões sociais e de cidadania que indiretamente podem estar piorando sua condição de saúde. A ponderação também levou a autora a questionar se o trabalho profissional dos Agentes Comunitários de Saúde poderia ser mais focado na colaboração na comunidade, que no paciente individual.  

Apesar de ser uma reflexão oriunda de um contexto social e sistema de saúde muito específico, o dos EUA, esta proposta poderia inspirar conversações sobre possíveis reformas de modelos de atenção à saúde também em outros países, com ênfase particular na atenção básica.

Para ler o artigo na integra, acesse aqui.

Por Diana Ruiz e Valentina Martufi – doutorandas que contribuem para a REDE APS

 

21/03 – Dia do Orgulho SUS

Todos podem ajudar a construir um SUS melhor.

Pequenas ações, juntas, fazem a grande diferença no dia a dia de quem trabalha e/ou é usuário do SUS.

Inscrições abertas para o 8º CBCSHS

Identidade visual tem foto de Eduardo Mourão e expressa esteticamente a construção compartilhada do bem viver

João Pessoa vai receber em setembro a oitava edição do Congresso de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da Abrasco. O encontro vai reunir, de 26 a 30 de setembro, na Universidade Federal da Paraíba, estudantes, professores, pesquisadores, comunicadores, especialistas em políticas públicas, profissionais e trabalhadores da saúde, gestores e técnicos da saúde, além de militantes de movimentos sociais e de entidades da sociedade civil atuantes na área da saúde.

O tema “Igualdade nas diferenças: enfrentamentos na construção compartilhada do bem viver e o SUS” vai promover um amplo debate sobre o valor da igualdade: “Nossa proposta é tornar o diálogo acadêmico cada vez mais inclusivo e plural, fazendo caber nossas diferenças nas mesas redondas e demais espaços da programação científica, em busca de maior horizontalidade nas relações” pontua a mensagem de boas vindas feita pela Coordenação da Comissão de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da Abrasco, no site do Congresso.

A construção compartilhada do bem viver e o SUS

O tema escolhido mantém a continuidade do movimento reflexivo já anteriormente presente na Comissão de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da Abrasco que organizou o sétima edição do encontro: “Vale ressaltar que o 8º CBCSHS acontecerá na comemoração dos 40 anos da Abrasco. A luta pela democracia e o movimento da Reforma Sanitária colaboraram para a constituição da área de Saúde Coletiva, inclusive da associação científica que a representa. Eixo estruturante dessa criação, as Ciências Sociais e Humanas em Saúde contribuem para transformar crise em debate na atual conjuntura política e institucional do Brasil, aliando-se de modo dialógico, crítico e construtivo nos enfrentamentos em defesa da vida (…) Os imensos obstáculos estruturais e conjunturais do Brasil estão desmontando o caráter público, universal e gratuito do SUS, colocando em risco direitos sociais conquistados há mais de 30 anos. Portanto, torna-se fundamental resistir às políticas de austeridade, no Brasil e no mundo, e avançar na construção compartilhada do bem viver, construindo pensamentos e ações que expandam a cidadania e os modos emancipatórios de cuidar e participar em saúde” diz a Comissão no site oficial do Congresso.

A história dos Congressos de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da Abrasco

A abordagem das diferentes matizes do pensamento social brasileiro e mundial e das diversas compreensões sobre o processo saúde-doença-cuidado, ao longo da história bem como na contemporaneidade, tem sido o foco central do Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde. Seu marco de lançamento foi o I Encontro de Brasileiro de Ciências Sociais em Saúde, de 1993, transformado em Congresso dois anos depois. As demais Ciências Humanas foram incorporadas em sua terceira edição, em 2005, quando ampliou a abordagem temática, sempre em busca de uma perspectiva transdiciplinar e inovadora.

Curitiba recebeu o 1º CBCSHS em 1995, a seguir foi a capital paulista, em 199, a sediar o encontro. Depois Florianópolis foi palco, em 2005, da terceira edição do Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde. Então, Salvador recebeu o congresso de número 4, em 2007 e a seguir o congresso retornou para São Paulo – quando em 2011 já contava com a sua quinta edição. Em 2013 a Universidade do Estado do Rio de Janeiro na capital fluminense foi o palco da sexta edição e o mais recente CBCSHS aconteceu em Cuiabá, no segundo semestre de 2016.

Inscrições e primeiro vencimento para inscrições com desconto

As inscrições para o 8º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da Abrasco estão abertas. Até o dia 2 de abril é possível pagar valores promocionais, confira:

Profissional Associada/o
190,00

Profissional Não Associada/o
420,00

Pós-Graduanda/o Associada/o
150,00

Pós-Graduanda/o Não Associada/o
350,00

Graduanda/o Associada/o
100,00

Graduanda/o Não Associada/o
240,00

Integrante de Movimento Social
100,00

As inscrições na categoria de Associado da Abrasco serão aceitas, exclusivamente, mediante confirmação da quitação da anuidade. Não é necessário enviar comprovante de pagamento. Inscrições nas categorias de Estudante serão aceitas, exclusivamente, mediante o envio do comprovante de matrícula ou declaração da Instituição de Ensino para o e-mail inscricao2019@cshs.com.br – aos cuidados de Tactiana. Saiba aqui como associar-se à Abrasco ou renovar a sua anuidade.

Convite do Coordenador da Rede APS Luiz A. Facchini para a 1ª Oficina do Comitê Gestor da Rede APS

“É com alegria e satisfação que a Rede de Pesquisa em APS da ABRASCO realiza, em 22/03/2019, a primeira oficina de seu Comitê Gestor neste ano. Além de membros do Comitê e convidados da área acadêmica, a oficina terá a participação destacada do CONASEMS, liderado por seu presidente Mauro Junqueira, e da OPAS, representada por Renato Tasca, coordenador da Unidade Técnica de Sistemas e Serviços de Saúde.

A temática da oficina “Inovações para a APS forte no SUS” busca contribuir para a superação de restrições e ameaças à expansão e qualificação da Atenção Básica no país. Neste contexto é fundamental reforçar a centralidade da Estratégia Saúde da Família para alcançar melhores resultados no acesso de usuários e na qualidade da atenção.

Inovações capazes de promover mudanças bem sucedidas em processos organizacionais e em práticas profissionais são fundamentais para minimizar os efeitos nefastos das restrições financeiras do SUS no desempenho dos serviços de saúde.

Com mais de 6 mil participantes, a Rede de Pesquisa em APS é um espaço aberto a pesquisadores, gestores, trabalhadores de saúde, usuários e controle social para fomentar o intercâmbio de conhecimento científico em favor da melhoria da saúde da população.  Cadastre-se e participe!”

A oficina terá transmissão ao vivo no seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=Nqk5_77Q16w

 PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

 

Data: 22 de março de 2019

Local: Auditório 4 da Faculdade de Ciências Econômicas FACE/UFMG – Endereço – Av. Pres. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha – BH

08h30/09h30 – Abertura – Boas vindas

Participantes: Mauro Guimarães Junqueira (presidente do CONASEMS), Hugo Eduardo (Diretor da Face), Renato Tasca ( OPAS/OMS), Luiz A Facchini (coordenador Rede APS), Ligia Giovanella (coordenadora Rede APS) Allan C Q Barbosa (comitê gestor/professor FACE)

09h30/11h– Conferência de Abertura – Os Desafios da APS no novo contexto

Apresentação: Helvécio Miranda Magalhães Júnior PBH – FIOCRUZ Instituto René Rachou – Debatedor: Renato Tasca (OPAS/OMS)

11h00/12h30 – Avaliação da Atenção Primária à Saúde – Estudo Realizado entre Profissionais de Saúde aliado a Estudo Transversal de Base Populacional – Apresentação: Maria Turci – Professora UNIFENAS

13h00/14h30 – Intervalo almoço

14h30/16h30 – Reunião Comitê Gestor da Rede APS

Pauta: Apresentação dos grupos das pesquisas em desenvolvimento, programação de atividades no 8º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde – PB, assuntos gerais.

16h30/ 17h30 – Lançamento da Revista eletrônica da REDE APS-APS em Revista

18h – Encerramento da Oficina

Confira as entrevistas com Allan C. Q. Barbosa e Nilo Brêtas Júnior com ocasião da realização da 1ª Oficina 2019 do Comitê Gestor da Rede APS

No próximo dia 22 de março será realizada a 1ª Oficina de 2019 do Comitê Gestor da Rede APS que terá como tema: Inovações para APS forte no SUS. O anfitrião do evento, Allan C. Q. Barbosa, professor da FACE/UFMG e Nilo Brêtas Júnior, coordenador da assessoria técnica do CONASEMS, falaram sobre algumas das questões que serão discutidas na Oficina.

Allan C. Q. Barbosa salientou que o evento será um importante espaço de debate sobre os desafios da APS na conjuntura atual, no qual participarão representantes do CONASEMS, da OPAS, de diferentes esferas do poder público, docentes, investigadores e discentes envolvidos com a APS. Além disso, ressaltou que será realizado o lançamento da publicação “APS em Revista”.

Rede APS: Pode nos falar um pouco sobre a próxima Oficina do Comitê Gestor da Rede APS – Inovações para APS forte no SUS: Qual é o objetivo do evento?

Allan Barbosa: A 1ª Oficina da Rede APS 2019, definida em reunião realizada em outubro de 2018 em Salvador é um momento que acontece pelo menos uma vez a cada semestre, visando assegurar um espaço de debates entre os participantes da Rede APS em diferentes níveis de atuação (gestão, serviços e academia), onde são discutidos temas de interesse tanto contingencial e imediato, quanto de fundo, ligados à APS. Nesta 1ª Oficina, que será realizada em 22 de março no auditório da Faculdade de ciências Econômicas da UFMG, e organizada pelo Observatório de Recursos Humanos da FACE/UFMG e parceria com a Diretoria da Faculdade, as duas mesas trazem uma importante discussão sobre os desafios APS no novo contexto político, social e econômico e resultados de estudo realizado entre profissionais de saúde acerca da avaliação da APS.

Rede APS: Quais questões serão discutidas? Quem vão participar?

Allan Barbosa: As duas mesas de debates, as atividades do Comitê Gestor e o lançamento da Revista contarão com a participação de representantes do CONASEMS, através de seu presidente Mauro Guimarães Junqueira e equipe; representantes da OPAS capitaneados por Renato Tasca; representantes das diferentes esferas gerenciais do poder público, docentes, investigadores e discentes envolvidos direta ou indiretamente com a APS.

Rede APS: Durante o evento será lançada a revista da Rede APS, poderia nos comentar um pouco como surgiu essa ideia? Qual o objetivo da revista? Qual vai ser o conteúdo, a periodicidade de publicação, a equipe de editores e o público alvo?

 Allan Barbosa: APS em Revista foi aprovada como projeto da Rede APS em reunião de 2018 e surgiu conceitualmente como espaço de difusão acadêmica e profissional voltado aos diferentes públicos que lidam com a APS sem se descuidar de seu lugar no complexo sistema de atenção à saúde. Seu formato, com artigos entre 3500 e 4000 palavras de cariz teórica e aplicada, visa ser o lugar daqueles trabalhos (trabalhos de especialização, dissertações de mestrado profissional e mestrado acadêmico, teses de doutorado, projetos de gestão, etc) que são desenvolvidos em diferentes locais do país e exterior e que nem sempre conseguem a devida vocalização e divulgação.  Trata-se de um espaço criado que tem o relevante papel de vocalizar a multiplicidade de análise e proposições que tem como mote central a APS.  APS em Revista é uma revista eletrônica, com publicação quadrimestral, de divulgação científica, acadêmica e profissional voltado a pesquisadores, profissionais, usuários e gestores da Atenção Primária à Saúde. Busca também promover a melhoria da utilização dos resultados em pesquisa para qualificar a gestão e potencializar o conhecimento tanto do Brasil quanto do exterior. Nossa Revista pretende publicar artigos de desenvolvimento teórico, trabalhos empíricos e ensaios. O Comitê editorial  é composto por  Allan Claudius Queiroz Barbosa (da FACE/UFMG, que é o Editor Responsável), Aluísio Gomes da Silva Júnior (ISC/UFF), Ayelene Bousquat (FSP/USP), Elaine Thumé (UFPel), Fabrício Silveira (University of Cambridge, como Editor Adjunto), Nelson Filice de Barros (UNICAMP), Renato Tasca (OPAS). A  Secretaria Editorial está a cargo de  Inaiara Bragante (ABRASCO) e  Silas Augusto Hernandes  (FACE/UFMG)

Por outro lado, Nilo Brêtas Júnior destacou a atuação do Grupo de Trabalho da AB do CONASEMS (GTAB / CONASEMS) e o apoio do NEPP –  UNICAMP na proposição de práticas inovadoras para a gestão da Atenção Básica e organização das UBS.

Rede APS: Poderia nos falar um pouco sobre o novo projeto do CONASEMS em parceria com a UNICAMP? Qual o objetivo? Quais atividades serão desenvolvidas? Quem participa e/ou qual é seu público alvo? Por que este projeto representa uma grande inovação para a AB/APS?

Nilo Brêtas Junior: Em primeiro lugar, o que destacamos é a atuação do Grupo de Trabalho da AB do CONASEMS (GTAB / CONASEMS) que há mais de 3 anos vem acompanhando, de forma mais sistematizada, o panorama de desenvolvimento da AB no SUS, entendo seu papel no processo de consolidação do sistema e visando responder da melhor forma, às necessidades de saúde dos brasileiros na atualidade. Nesse sentido, o grupo, mais recentemente, buscou apoio do NEPP –  UNICAMP para definir proposições que considera necessárias tanto referentes a gestão da AB como a organização das UBS, pretendendo superar os limites existentes e inovar suas práticas. Após a definição dessas propostas, houve um esforço por parte do grupo, na formulação do “Plano do CONASEMS de Fortalecimento da AB no SUS”. Esse Plano, aprovado pela Diretoria da entidade é que deverá nortear nossa atuação em relação a AB durante os próximos 2 anos.

As proposições definidas são aqui enviadas anexo e o Plano aprovado pela Diretoria do CONASEMS, em breve será divulgado.

INICIATIVAS PRIORITÁRIAS PARA QUALIFICAÇÃO DA AB NO SUS

No âmbito da Gestão:

  • Adequação do financiamento da AB
  • Ampliação e consolidação da ESF
  • Informatização e integração dos sistemas de informação do SUS e, especificamente, da AB e da VS
  • Melhoria continua de infraestrutura física e tecnológica das UBS incluindo TIC
  • Implantação de novos mecanismos de apoio a regionalização e a configuração de RRAS a partir da AB
  • Desenvolvimento de sistema de regulação de acesso a partir da AB
  • Organização de sistema de apoio institucional a AB a partir dos serviços de atenção especializada (AE) e das Instituições de Ensino Técnico e Superior existentes na região
  • Estabelecimento de processos diversificados de acompanhamento e avaliação da AB em cada região de saúde com implantação de mecanismos de acreditação
  • Utilização de mecanismos de incentivo a qualificação de UBS
  • Flexibilização das formas de contratação de profissionais com o necessário fortalecimento da gestão pública
  • Estímulo a iniciativas voltadas a formação de profissionais para AB valorizando a implantação de residência em SF pelos municípios com pagamento diferenciado
  • Organização de “Sistema de Desenvolvimento dos Trabalhadores do SUS” com prioridade para os profissionais da AB
  • Definição de política nacional específica visando garantir a permanência de profissionais da AB em áreas remotas e/ou que apresentam condições adversas que dificultam a fixação.
  • Mecanismos de incentivo a formulação dos Planos Municipais de Saúde com ênfase na AB e na sua integração com a VS.
  • Atualização e/ou formulação de novos mecanismos de gestão do SUS que favoreçam a integração do sistema em âmbito regional.

No âmbito das UBS:

  • Adequação da infraestrutura física e tecnológica da UBS incluindo TIC e considerando a necessidade de espaço físico tanto para trabalhos coletivos como para formação de profissionais
  • Melhoria dos processos de trabalho e qualificação dos processos gerenciais UBS
  • Aperfeiçoamento do processo de adscrição de clientela de forma que não se restrinja apenas à relação do usuário com o território enquanto local de moradia ou de trabalho, mas identifique aqueles efetivamente inscritos na UBS.
  • Definição e publicização de Carteira de Serviços de cada UBS, construída respeitando as necessidades de saúde da população adscrita e os recursos assistenciais existentes.
  • Ampliação das formas de acesso: acesso avançado; horário estendido; acesso não presencial; e, utilização de ferramentas digitais para comunicação.
  • Melhoria dos processos de Integração e Articulação VS – AB respeitando as especificidades locais e os possíveis arranjos para desenvolvimento de atividades próprias de qualquer UBS e das compartilhadas com os serviços de VS.
  • Valorização do processo de formulação de um Plano conjunto UBS – VS a partir do reconhecimento de um território comum
  • Aprimoramento das formas de participação social com valorização da percepção do usuário sobre cuidado ofertado pelo serviço.
  • Ampliação da utilização de tecnologias de micro gestão do cuidado nas UBS
  • Melhor definição e ampliação do escopo de atuação clínica dos vários profissionais que compõe as equipes de AB, independentemente da modalidade adotada, respeitando as evidências cientificas, considerando o potencial de atuação de cada categoria profissional entendendo a complementariedade entre elas; e, estimulando sua integração.

Lembramos que o evento terá transmissão ao vivo no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=Nqk5_77Q16w

Por Diana Ruiz e Valentina Martufi – doutorandas que contribuem para a REDE APS

 

 

OMS define 10 prioridades de saúde para 2019

Para alcançar os propósitos de 2019, entre os quais estão prover o acesso a mais 1 bilhão de pessoas, e garantir proteção contra emergências de saúde para 1 bilhão de indivíduos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulou dez prioridades para este novo ano. A Atenção Primária à Saúde (APS) aparece entre elas, apesar de não ser valorizada pelo papel central que poderia ter para o alcance das outras nove prioridades.

  1. Poluição do ar e mudanças climáticas: além das consequências diretas que tem para a saúde, a poluição do ar está estreitamente ligada à mudança climática, que também afeta a saúde das pessoas de diferentes maneiras, especialmente nos países de baixa e média renda. A OMS começou a priorizar este tema desde o final de 2018, organizando sua primeira Conferência Global sobre Poluição do Ar e Saúde.
  2. Doenças crônicas não transmissíveis: em colaboração com os governos, a OMS decidiu concentrar seus esforços em 2019 na redução da inatividade física, a qual representa um dos maiores fatores de risco para a ocorrência de doenças crónicas, sendo estas responsáveis por mais de 70% de todas as mortes no mundo, predominantemente nos países de baixa e média renda.
  3. Pandemia de gripe: a OMS está à frente de uma rede de 153 instituições em 114 países envolvidas na vigilância e resposta global às pandemias de influenza. O monitoramento dos vírus em circulação é constante, e a organização mantém parcerias com atores nacionais chaves para garantir a provisão de diagnósticos, vacinas e tratamentos antivirais, especialmente em países de baixa e média renda.
  4. Cenários de fragilidade e vulnerabilidade: com 22% da população mundial vivendo em locais de crises prolongadas, a OMS visa continuar trabalhando com países que apresentam cenários frágeis para ajudá-los a fortalecer seus sistemas de saúde, e prover a todos seus cidadãos acesso aos cuidados básicos de que necessitam.
  5. Resistência antimicrobiana: a capacidade de bactérias, parasitas, vírus e fungos resistirem a medicamentos vem desvalorizando os avanços feitos em relação ao combate de doenças infecciosas como pneumonia, tuberculose, gonorreia e salmonelose, sendo essa resistência devida à utilização excessiva de remédios antimicrobianos tanto nas pessoas quanto em animais. A OMS está atenta a essa questão e pretende reforçar a sua colaboração com os setores correspondentes para aumentar a conscientização sobre o tema.
  6. Ebola: vários setores solicitaram que a OMS focalize seus esforços em 2019 para preparação para enfrentar situações de emergência. Assim foi desenvolvido o plano R&D Blueprint, que identifica doenças e patógenos sem tratamentos e vacinas eficazes e que representam um risco de emergência de saúde pública, como o vírus Ebola.
  7. Atenção Primária à Saúde: à luz dos compromissos assumidos por todas as nações e atores que assinaram a Carta de Astana, em outubro 2018, no Cazaquistão, a OMS se compromete a trabalhar para revitalizar e fortalecer a APS, reconhecendo a importância desta para o alcance da cobertura universal em saúde.
  8. Relutância em vacinar: a OMS acredita que os profissionais de saúde mais próximos à população têm um papel crucial na decisão dos pais de vacinar seus filhos. Portanto, promove iniciativas que apoiem estes profissionais, especialmente na intensificação de esforços contra o câncer de colo uterino e o vírus da pólio, através da vacinação de todas as crianças.
  9. Dengue: esta doença potencialmente letal, que anteriormente ocorria em países tropicais durante as estações chuvosas, está começando a aparecer em países mais temperados, apresentando uma grave ameaça para a saúde pública mundial. A OMS está dedicada à redução em 50% das mortes causadas pelo virus da dengue até 2020, através de uma estratégia para controlar sua difusão.
  10. HIV: em dezembro 2018, em colaboração com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a OMS difundiu recomendações e orientações para a provisão de um autoteste de HIV nos locais de trabalho. Esta representa uma das atividades para promover essa nova forma de diagnóstico, com a qual a organização espera desacelerar a epidemia que mata quase 1 milhão de pessoas a cada ano.

Para mais informações, acesse o site da OMS aqui.

Por Diana Ruiz e Valentina Martufi – doutorandas que contribuem para a REDE APS