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Arquivo Diário 14 de janeiro de 2019

1o Seminário Integração Ensino-Serviço Rural UFPE Caruaru

Evento: 1º Seminário Integração Ensino-Serviço Rural UFPE Caruaru

Data: 05/02/2019

Local: Auditório da Faculdade de Medicina da UFPE  – Caruaru

Horário: 8h30 às 18h

Público-alvo: docentes, preceptores, gestores em saúde e educacionais, estudantes da área da saúde e usuários dos serviços de saúde interessados na temática

Inscrições:  são limitadas, devendo ser realizadas antecipadamente pelo link:
https://goo.gl/forms/0wZ3ipYnN2KRywYp2

1ª Oficina do Comitê Gestor APS de 2019

 

 1ª Oficina do Comitê Gestor APS – Inovações para APS forte no SUS
22 de março de 2019
Local: Auditório 4 da Faculdade de Ciências Econômicas FACE/UFMG – Endereço – Av. Pres. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha – BH

08h30/09h30 – Abertura – Boas vindas
Participantes: Mauro Guimarães Junqueira(presidente do CONASEMS), Hugo Eduardo (Diretor da Face), Renato Tasca ( OPAS/OMS), Luiz A Facchini (coordenador Rede APS), Ligia Giovanella (coordenadora Rede APS) Allan C Q Barbosa (comitê gestor/professor FACE)

09h30/11h– Conferência de Abertura – Os Desafios da APS no novo contexto
Debatedor: Renato Tasca (OPAS/OMS)
Apresentação: Helvécio Miranda Magalhães Júnior PBH – FIOCRUZ Instituto René Rachou
11h00/12h30 – Avaliação da Atenção Primária à Saúde – Estudo Realizado entre Profissionais de Saúde aliado a Estudo Transversal de Base Populacional
Apresentação: Maria Turci – Professora UNIFENAS

13h00/14h30 – Intervalo almoço

14h30/16h30 – Reunião Comitê Gestor da Rede APS -Pauta: Apresentação dos grupos das pesquisas em desenvolvimento, programação de atividades  no 8º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde/PB e assuntos gerais.

16h30/ 17h30 – Lançamento da Revista eletrônica da REDE APS-APS em Revista
18h – Encerramento da Oficina

 

 

 

 

O Programa Mais Médicos chama a atenção internacional

A saída dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos (PMM) não demorou em atrair atenção internacional. A renomada revista científica British Medical Journal dedicou ao tema um editorial do seu número de dezembro de 2018, perguntando-se se essa decisão marcará o fim do programa.

O editorial, escrito por pesquisadores da Universidade de Brasília, a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal da Bahia e o Imperial College de Londres, destaca que o PMM procurou abordar o problema da distribuição desigual de médicos no país. De fato, o Brasil apesar de ter nacionalmente uma taxa de médicos por população não muito inferior aos países de renda alta com sistemas universais de saúde (Brasil: 2/1.000; Reino Unido: 2,83/1.000; Canada: 2,54/1.000; Australia: 3,5/1.000), a má distribuição destes profissionais acaba deixando o 42% da população brasileira com menos de 0,25 médicos por 1.000 habitantes.

Essa escassez de médicos para as zonas mais desprovidas tem afetado os benefícios de outros programas de atenção primária, ressalta o editorial, como a Estratégia Saúde da Família, limitando sua expansão para as áreas mais remotas. Por esse motivo foi lançado em 2013 o PMM, procurando inicialmente priorizar o recrutamento de médicos brasileiros. Porém, para as 16.000 vagas abertas inicialmente apresentaram-se somente 1.096 médicos nacionais, provocando assim o acordo entre Brasil e Cuba, mediado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Apesar dos vários benefícios do programa demonstrados por muitos estudos já levados a cabo sobre a efetividade do PMM – como menos escassez de médicos, usuários mais satisfeitos, menos internações hospitalares evitáveis e melhorias nos serviços, como melhor relacionamento médico-paciente, continuidade dos cuidados e coordenação da equipe multidisciplinar – os autores do editorial destacam que o PMM tem limitações significativas. Primeiramente, como demonstrado pela repentina saída de miles de médicos cubanos, a importação de profissionais do exterior somente pode ser uma medida temporária. Ademais, ressaltam os autores, que a mesma distribuição destes médicos importados pareceu sofrer de alguma distorção, com municípios de menor necessidade recebendo vários médicos pelo programa.   

Portanto, concluem que o problema fundamental de recrutamento, retenção e alocação de médicos no Brasil ainda não tem sido resolvido.

Por Diana Ruiz e Valentina Martufi – doutorandas que contribuem para a REDE APS