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Arquivo Diário 13 de abril de 2017

Artigos selecionados sobre o impacto do PMM na Região Nordeste: estudos de corte regional

Com o objetivo de divulgar pesquisas que estão sendo desenvolvidas sobre o programa Mais Médicos, a Plataforma de Conhecimentos divulgou novos estudos referentes aos estados e municípios da Região Nordeste, com o intuito de subsidiar o gestor daquela Região.

O Nordeste foi a região que recebeu o maior número de médicos pelo PMM nos cinco primeiros ciclos de adesão e início de atividades profissionais com participação de 1303 municípios (72,6%) até o 5° ciclo. Entre os nove estados que compõem a região nordeste não foi encontrada na plataforma uma produção específica para os estados de Alagoas, Bahia, Piauí. De toda forma, é possível encontrar informação para estes estados nos estudos nacionais.

Apresentaremos abaixo as publicações referentes ao Nordeste com link direto para a Plataforma de Conhecimento:

  1. Publicações referentes a Região Nordeste

Características da distribuição de profissionais do Programa Mais Médicos nos estados do Nordeste, Brasil. Nogueira, Priscila Tamar AlvesCarvalho, Islândia Maria de SousaBrito-Silva, Keila Silene deGonçalves, Rogério FabianoLeite, Antonio Flaudiano BemBezerra, Adriana Falangola Benjamin. Ciênc. saúde coletiva; 21(9): 2889-2898, tab, graf

 Este estudo analisa dados secundários do Ministério da Saúde de 4.716 médicos que passaram a integrar equipes de saúde em 1.294 municípios e seis Distritos Sanitários Indígenas (DSEI) de todos os nove estados da Região Nordeste no período de agosto de 2013 a dezembro de 2014 com relação a: distribuição dos médicos por município segundo o número de médicos, a variação na razão de médicos por habitante na região nordeste, a distribuição dos médicos de acordo com os critérios do programa de pobreza, vulnerabilidade, indígena. A maior parte dos municípios da Região recebeu entre um e cinco médicos, sendo que nas capitais que receberam médicos pelo PMM, apenas “Maceió e Aracaju receberam menos de 20 profissionais”. A Bahia foi o estado que mais recebeu médicos (28%), depois Ceará (20%) e Rio Grande do Norte (5%), Alagoas (4%) e Sergipe (3%) foram o que menos receberam. O estudo demonstra que “os municípios mais beneficiados possuíam, pelo menos, 20% da população em situação de extrema pobreza. Os profissionais foram alocados em Centro de Saúde/Unidade Básica (99,9%). A maioria eram mulheres (57%) e a faixa etária média predominante foi de 45 a 49 anos (24%)”. Uma das conclusões do estudo é que “Apesar dos avanços proporcionados pelo Programa, como a distribuição dos médicos para localidades com maior vulnerabilidade, alguns Estados permanecem com importantes vazios assistenciais”.

Programa Mais Médicos no Nordeste: avaliação das internações por condições sensíveis à Atenção Primária à Saúde. Gonçalves, Rogério Fabiano; Sousa, Islândia Maria Carvalho de; Tanaka, Oswaldo Yoshimi; Santos, Carlos Renato dos;Brito-Silva, Keila; Santos, Lara Ximenes; Bezerra, Adriana Falangola Benjamin. Ciênc. saúde coletiva; 21(9): 2815-2824, Set. 2016. tab, graf

artigo citado analisa o incremento de profissionais na Região Nordeste propiciado pelo Programa Mais Médicos. O indicador usado para analisar o incremento foi internações por condições sensíveis à Atenção Primária. O período de análise foi de setembro de 2012 a agosto de 2015 e a relação foi feita a partir de dados acerca da distribuição e do provimento de médicos nos estados, e das internações por diarreia e gastroenterite. O artigo chama atenção para o comportamento diferenciado das internações por causas sensíveis observando a dependência com o contexto sócio econômico nos diferentes estados da região. E conclui que “Os resultados mostram que o Programa Mais Médicos influenciou na redução das internações por essa condição sensível, que diminuíram 35% no período investigado, com diferenças importantes entre os estados”. E acrescentam: “as menores reduções ajustadas ocorreram em Sergipe e no Ceará. O Ceará apesar de haver recebido um grande contingente de médicos do programa e de ter alavancado para 1,2 médicos por 10.00 habitantes, apresentou a segunda menor redução ajustada (5,8%). (…) A pequena redução observada pode ser devido ao ponto de partida dessa média, por estar entre os menores valores, era menos favorável a maiores amplitudes de variação. No entanto observam que: “apesar da importância do aporte de profissionais médicos para o sistema de saúde, sabe-se que isoladamente o efeito do incremento profissional de uma categoria é limitado para o aprimoramento da APS”.