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Arquivo Mensal março 2017

csapAIH: uma função para a classificação das condições sensíveis à atenção primária no programa estatístico R*

Hospitalizações por condições sensíveis à atenção primária (CSAP) são um indicador indireto da efetividade da atenção primária à saúde. Para automatizar a classificação de códigos da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – Décima Revisão (CID-10), segundo a lista brasileira de CSAP, e prover funcionalidades para o manejo dos “arquivos reduzidos” da Autorização de Internação Hospitalar (AIH), foi criado um pacote no programa R. O pacote csapAIH contém uma única função homônima, que lê os dados segundo sua natureza (arquivo ou data frame com a estrutura da AIH, ou fator com códigos da CID-10) e retorna, segundo as opções definidas, um banco de dados ou vetor contendo a classificação da internação. Este artigo apresenta o pacote e a função csapAIH, seu modo de instalação e uso, além de exemplos de suas funcionalidades que permitem conferir maior agilidade, precisão e validade ao estudo das CSAP no Brasil.

Palavras-chave: Hospitalização; Atenção Primária à Saúde; Pesquisa sobre Serviços de Saúde; Sistemas de Informação em Saúde; Processamento Automatizado de Dados.

Autor: Fúlvio Borges Nedel1  2 

Leia artigo – artigo27_03_2017

Evaluation of Brazilian Primary Health Care From the Perspective of the Users

Accessible, Continuous, and Acceptable?

Abstract: The objective of this study was to examine the experience of primary care center (PCC) users in Brazil, classified according to the quality of its structure, in relation to the aspects of accessibility, continuity, and acceptability. The source of information was the National Program to Improve Access and Quality of Primary Care in 2013-2014. A total of 109 919 interviewees in 24 055 PCCs comprised the sample. Results show that the structure of a PCC was associated
with better indicators of accessibility (oral health and medicines) and continuity of care (patient navigation in the health system). No association was found between indicators of accessibility and
the PCC structure.

Key words: assessment, health policy, primary health care, quality of health

Authors:

 

Márcia Cristina Rodrigues Fausto, PhD;

Aylene Bousquat, PhD; Juliana Gagno Lima, MSc;

Ligia Giovanella, PhD; Patty Fidelis de Almeida, PhD;

Maria Helena Magalhães de Mendonça, PhD;

Helena Seidl, MSc; Andréa Tenório Correia da Silva, PhD

 

Leia article20_03_2017

2ª edição do curso Formação em auriculoterapia para profissionais da AB tem inscrições abertas

2ª edição do curso Formação em auriculoterapia para profissionais da AB tem inscrições abertas

 

O Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, em convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina, oferece a 2ª edição do curso Formação em auriculoterapia para profissionais da Atenção Básica, com o objetivo de capacitar semi-presencialmente profissionais de nível superior.

O curso, com inscrições abertas até dia 20 de março, é dividido em duas (2) etapas: uma à distância (EAD) com carga horária de 75 horas, constituído de cinco módulos sequenciais; e uma etapa presencial, com carga horária de 5 horas, realizada após a finalização da EAD.

A capacitação será realizada em diferentes estados do país, com a fase presencial ocorrendo em municípios-polo regionais previamente selecionados (conforme lista abaixo).

Quanto aos pré-requisitos para inscrição, além de serem profissionais de saúde de nível superior da atenção básica, os candidatos devem estar lotados nas equipes de Saúde de Família, NASF (Núcleos de Apoio à Saúde da Família) e/ou unidades básicas tradicionais (centros de saúde). O curso é totalmente gratuito para os profissionais.

Pólos regionais

  • Devido à etapa presencial do curso, as inscrições serão realizadas por localização e região geográfica das cidades que funcionam como polos regionais para o curso, em que as etapas presenciais ocorrem.
  • O candidato ao curso deve obrigatoriamente escolher um pólo para fazer a inscrição e nele realizar a etapa presencial.
  • Abaixo serão informados, conforme forem definidos, os pólos regionais das próximas edições do curso, as datas, endereços e horários das aulas presenciais da etapa presencial de cada edição. Fique atento.

Polos confirmados para a 2ª edição:

Estado

Município

Datas previstas das etapas presenciais*

Local e horário

Mato Grosso

Cuiabá

25 e 26 de maio

Aguarde informações

Mato Grosso do Sul

Campo Grande

25 e 26 de maio

Aguarde informações

Maranhão

São Luís

18 e 19 de maio

Aguarde informações

Minas Gerais

Belo Horizonte

11 e 12 de maio

Aguarde informações

Rio Grande do Norte

Natal

18 e 19 de maio

Aguarde informações

Santa Catarina

Chapecó

11 e 12 de maio

Aguarde informações

São Paulo

São Paulo

04 e 05 de maio

Aguarde informações

São Paulo

Campinas

04 e 05 de maio

Aguarde informações

 

 

 

 

* O interessado será direcionado posteriormente a um dia específico da etapa presencial de cada polo (por exemplo, em Campinas dia 04 de maio ou Campinas dia 05 de maio).

Ao se inscrever, certifique-se que estará disponível em qualquer um dos dois dias de seu polo regional.

  • Polos a confirmar – 3ª edição (2017): aguarde informações

Mais informações em: auriculoterapia.sus@contato.ufsc.br

Sistemas comparados de Atenção Primária à Saúde nas cidades de Lisboa e do Rio de Janeiro

Revista Ciência e Saúde Coletiva – Março de 2017

Este número temático analisa o crescimento e a colaboração para ações de atenção básica em saúde entre as cidades do Rio de Janeiro e de Lisboa. Ambas as cidades implementaram Reformas dos Cuidados Primários, expandiram serviços, inovaram em mecanismos de governança e deram maior autonomia às equipes técnicas.

No Rio de Janeiro, as Clínicas da Família foram criadas em 2009; em Lisboa, as Unidades de Saúde Familiar (USF) – modelos A e B, a partir de 2006. As USF conseguiram mais eficiência, mais acessibilidade, melhor clima laboral, mais satisfação dos cidadãos, em síntese: mais qualidade. No município do Rio de Janeiro, a expansão dos serviços, através da cobertura com equipes completas de Saúde da Família, passou de 3,5% (dezembro/2008) para 65,0% (dezembro/2016), abrangendo quatro milhões de cariocas.

No período de 2009-2016, o Rio de Janeiro aprendeu com o Sistema Nacional de Saúde de Portugal e utilizou muitos de seus mecanismos de governança em sua Reforma, tais como: a carteira de serviços, indicadores de pagamento por desempenho, gerados por prontuários eletrônicos nas unidades de saúde, seminários de prestação de contas à sociedade/accountability, criação e fortalecimento do Programa de Residência em Medicina e Enfermagem de Saúde Familiar. Também desenvolveu novas tecnologias de gestão, sendo a primeira cidade a utilizar ferramentas de georreferenciamento para definir
mapas do território de cada microárea e equipe em uma Clínica da Família, além de criar uma rede de promoção com atividades físicas e expansão das chamadas “Academias Cariocas da Saúde”. Os artigos, a seguir contam esta história.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1413-812320170023&lng=pt&nrm=iso

Primary Health Care and Cervical Cancer Mortality Rates in Brazil -A Longitudinal Ecological Study

Cervical cancer is a common neoplasm that is responsible for nearly 230 000 deaths annually in Brazil. Despite this burden, cervical cancer is considered preventable with appropriate care.We conducted a longitudinal ecological study from 2002 to 2012 to examine the relationship between the delivery of preventive primary care and cervical cancer mortality rates in Brazil. Brazilian states and the federal district were the unit of analysis (N = 27). Results suggest that
primary health care has contributed to reducing cervical cancer mortality rates in Brazil; however, the full potential of preventive care has yet to be realized.

Key words: health care quality assessment, longitudinal studies, mortality, primary health care, uterine cervical neoplasms.

Thiago Augusto Hernandes Rocha, MSc;
Núbia Cristina da Silva, PhD;
Erika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz, PhD;
Rejane Christine de Sousa Queiroz, PhD;
Marta Rovery de Souza, PhD; Adriana Lein, MSc;
João Victor Muniz Rocha, MSc; Viviane Alvares, MSc;
Dante Grapiuna de Almeida, BCompSc;
Allan Claudius Queiroz Barbosa, PhD;
Elaine Thum´e, PhD; Catherine Staton, PhD;
João Ricardo Nickenig Vissoci, PhD;
Luiz Augusto Facchini, PhD

Article – artigo13_03_2017

Região e Redes – Novos Caminhos

Política de regionalização do SUS em debate: avanços e impasses da implementação das regiões e redes no Brasil

Os condicionantes dos processos de regionalização, que respondem por transformações territoriais no mundo e no Brasil, distribuem-se sob quatro grandes áreas de estudo: demográfica, econômica, política e social. Marcado pela globalização, pela quarta revolução industrial e por um incremento das desigualdades não só entre classes sociais e territórios como inter e intra nações, o momento atual testemunha mudanças nos fluxos de pessoas, mercadorias, mercado de trabalho, geração e disponibilidade de conhecimento que desafiam o complexo sistema de políticas públicas e alteram as relações mercado-estado. Esse quadro resulta no surgimento de novas (e no fortalecimento de antigas) assimetrias dentro dos estados nacionais e entre estados.

O desafio é responder a esses processos com políticas públicas setoriais capazes de mitigar determinadas tendências. Para isso, devem estar inseridas nos processos de alavancagem das economias regionais com o propósito de introduzir um modelo de desenvolvimento baseado em pessoas mais do que em máquinas e capital.

Em 2008, um estudo do IBGE sobre as redes urbanas no Brasil já apontava a formação de aglomerados populacionais para além das fronteiras municipais e atribuía uma nova escala de importância a essas movimentações demográficas, expondo o quão profundas eram a desigualdade econômica e a oferta de serviços no território nacional.

Outro estudo mais recente sobre a evolução da desigualdade no país confirma que, apesar de avanços em alguns indicadores, a face territorial das desigualdades ainda é a marca do Brasil (Arretche, 2015). Ou seja, temos um longo caminho pela frente. Ambos os estudos mostram que as pessoas de algumas regiões do Brasil necessitam de mais recursos do que as de outras e, sobretudo, que as redes urbanas carecem de políticas de ordenamento. Uma das medidas fundamentais para a melhoria das condições de vida e redução das desigualdades é a formulação de um planejamento regional que combine incentivos econômicos e investimentos em serviços sociais.

Esta nota técnica tem como objetivo discutir os primeiros resultados da pesquisa Região e Redes. Inicialmente faz-se uma breve descrição e problematização das políticas regionais nos anos recentes, em seguida discutem-se as especificidades no setor saúde e, por fim, elaboram-se algumas reflexões.

Leia nota técnica – Novos_Caminhos_15