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Arquivo Mensal janeiro 2017

Vagas abertas para qualificação em saúde

O profissional de saúde que pensa em se especializar tem como opção dois cursos para início de 2017: Saúde da População Negra e Atualização no Tratamento e Prevenção do Tabagismo. O conteúdo vai ser ministrado pela modalidade Educação à Distância. O aluno tem acesso online às aulas e material didático, além da liberdade para conduzir o cronograma de estudos.

 

O curso Saúde da População Negra é uma iniciativa do Ministério da Saúde disponibilizado na Rede Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). O conteúdo foi desenvolvido a partir de especialistas e das áreas técnicas envolvidas.

 

O conteúdo propõe identificar a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) no Sistema Único de Saúde (SUS), aplicar as estratégias da comunicação para o encontro com pacientes, famílias e comunidades, além de reconhecer iniquidades referentes à saúde da população negra por meio dos dados epidemiológicos, abordando o racismo institucional em todas as suas dimensões (interpessoal e pragmática).

 

O programa é totalmente a distância, autoinstrucional e virtual. Assista ao vídeo de demonstração do curso abaixo no link. As inscrições ficam abertas até dia 21 de maio. Os módulos estão liberados desde o dia 10 deste mês e ficam disponíveis até 18 de junho. O aluno tem cinco meses para concluir o curso.

 

Também ofertado pela UNA-SUS, o curso Introdução à Avaliação em Saúde está com matrículas abertas. É online e tem início imediato. Profissionais graduados nas diversas áreas da saúde, que estejam em atividade clínica, de gestão ou de educação permanente podem fazer.

Ao total, são cinco módulos, que tratam dos temas: avaliação de projetos, programas e serviços de saúde; aproximações da realidade; sistematização da informação e usos da avaliação. O curso é oferecido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), integrante da Rede Una-SUS.

 

Luta contra o tabaco
Outro curso para o primeiro semestre de 2017 é oferecido pelo Instituto de Doenças do Tórax da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Essa é a terceira edição do curso de Atualização no Tratamento e Prevenção do Tabagismo, sob a modalidade de ensino à distância (EAD).

É um curso de extensão direcionado aos profissionais da área de saúde com formação superior. O programa visa qualificar, capacitar e fornecer conhecimentos em epidemiologia do tabagismo, políticas públicas relacionadas ao tema e abordagem interdisciplinar das medidas usadas no tratamento e prevenção.

A partir do dia 13 de fevereiro de 2017, o edital e o link para matrículas estarão disponíveis no site do Instituto. O curso começa em abril e termina em junho deste ano. As vagas são limitadas.

 

Serviço
Curso Saúde da População Negra
Matrículas: Abertas até 21 de maio de 2017
Carga horária: 45 horas
Período de realização: De 10/01 a 18/06/2017
Gratuito
Público-alvo: para profissionais de saúde que atuam na Atenção Básica, especialmente aos participantes do Programa Nacional de Valorização do Profissional da Atenção Básica (PROVAB) e Mais Médicos. Além disso, também é aberto ao público, sendo ofertado para profissionais de quaisquer áreas do conhecimento que se interessem pelo tema.

 

Curso Introdução à Avaliação em Saúde
Matrículas: Início imediato.
Carga horária: 60 horas
Gratuito
Público-alvo: profissionais graduados nas diversas áreas da saúde, que estejam em atividade clínica, de gestão e de educação permanente.

 

Curso Atualização e Prevenção do Tabagismo
Matrículas: De 6 a 17 de março de 2017
Carga horária: 120 horas
Período de realização: De 24/04 a 16/06/2017
Gratuito
Informações pelo e-mail: ead@idt.ufrj.br
Telefones: (21) 3938-6262 / 2923

Nota divulgada no site do DAB/MS –

Mais Médicos: brasileiros preenchem 99% das vagas

Novo edital do Programa Mais Médicos mostra a maior adesão de brasileiros à iniciativa do governo federal. A 1ª chamada, que prioriza candidatos com CRM do Brasil, preencheu 99% das vagas – dos 1.390 postos ofertados em 642 municípios e 2 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), 1.378 tiveram médicos do país alocados em 636 localidades. Pela primeira vez, além da reposição de rotina, foram disponibilizadas vagas antes ocupadas por profissionais da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A medida faz parte das ações do Ministério da Saúde para ampliar a participação de brasileiros, uma das prioridades da atual gestão.

As vagas remanescentes serão ofertadas novamente a médicos com registro no país em 2ª chamada, prevista para a primeira dezena de fevereiro. Pela primeira vez foi realizada a permuta de localidade, mais uma ferramenta para alocar os candidatos brasileiros nas cidades de sua preferência e, assim, aumentar a sua participação e fixação no Programa.

Acesse a lista das vagas preenchidas na primeira chamada

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, enfatiza o significativo interesse dos profissionais com CRM do Brasil no Mais Médicos. “Estamos dando passos importantes para uma mudança de perfil do Programa, e a alta adesão dos brasileiros é essencial para isso”, declara. “Neste edital, já ofertamos a médicos nacionais mais de 900 vagas antes ocupadas por profissionais cubanos. Isso mostra que será possível ir cada vez mais aumentando a presença do brasileiro, que é a nossa prioridade”, completa.

A meta do Governo Federal é realizar 4 mil substituições de médicos cooperados por brasileiros em três anos, reduzindo de 11,4 mil para 7,4 mil participantes cubanos. A expectativa é chegar a 7,8 mil brasileiros no Mais Médicos, representando mais de 40% do total de profissionais. O edital em curso foi o primeiro a ofertar essas vagas, cerca de 900.

Para o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Rogério Abdalla, o Programa está caminhando no sentido desejado. “O Ministério da Saúde está satisfeito e acreditamos que cada vez mais o programa conseguirá atrair brasileiros. A procura dos médicos brasileiros nesse último edital vai ao encontro do nosso objetivo”, declara o secretário. Foram mais de 8 mil inscrições validadas.

Municípios de quase todas as unidades federadas conseguiram preencher todas as vagas. Os estados em que sobraram vagas foram Amazonas (1), Goiás (1), Pará (1), Rio de Janeiro (3) e Rio Grande do Sul (6). É importante ressaltar, no entanto, que esse quantitativo de vagas remanescentes pode aumentar, caso ocorram desistências antes e durante a 2ª chamada.

PERMUTA – Os profissionais puderam escolher quatro localidades de preferência e foram distribuídos conforme critérios de classificação constantes no edital, como detenção de título de especialista e experiência na área de Saúde da Família. Entre os inscritos, 91% conseguiram ser alocados em sua primeira opção de localidade, o que já deve promover uma maior fixação do médico.

Ainda assim, a partir deste edital, os médicos tiveram mais uma chance de tentar a alocação em sua cidade de preferência: a permuta de localidade é uma novidade desta seleção e permite que o médico mude seu município de alocação por outro que esteja entre suas três outras opções.

Com este novo mecanismo, os profissionais que não conseguiram vaga em suas primeiras opções de município, por exemplo, puderam disputar novamente a alocação nesses locais. A permuta acontece quando o profissional alocado na cidade escolhida também deseja trocar seu local de atuação, deixando uma vaga disponível.

No caso de haver mais de um interessado solicitando permuta para a mesma vaga, serão utilizados os mesmos critérios classificatórios e a pontuação da alocação inicial. Caso o profissional não consiga permutar, ele permanece no município onde já havia sido alocado, sem risco de perda da vaga. O resultado da permuta com a alocação final está previsto para esta sexta-feira (27).

Acesse o edital

Confira o cronograma da seleção

Após a lotação definitiva, os médicos deverão confirmar o interesse nas vagas, se apresentando aos municípios. Os gestores deverão então validar o médico no sistema do Programa até o dia 31 de janeiro, para que estes iniciem as atividades nas unidades básicas a partir do dia 1° de fevereiro. A homologação dos profissionais, com confirmação de início das atividades, deve ser realizada pelas prefeituras entre 1° e 3 de fevereiro.

Nota publicada no site MS -http://portalsaude.saude.gov.br/

curso online Situações Clínicas Comuns na Atenção Primária à Saúde

Estão abertas, até o dia 6 de março, as inscrições para o curso online Situações Clínicas Comuns na Atenção Primária à Saúde. A formação, desenvolvida pelo Departamento de Medicina Social da Universidade Federal de Pelotas, integrante da Rede UNA-SUS. O objetivo é capacitar profissionais para lidarem com situações clínicas mais recorrentes no cotidiano da Atenção Básica, porta de entrada ao Sistema Único de Saúde.
Entre os temas abordados estão as doenças crônicas não transmissíveis, saúde mental, urgências na Atenção Primária à Saúde, infecções sexualmente transmissíveis, cuidados na assistência pré-natal de baixo risco, rastreamento do câncer do colo uterino e puericultura.
Saiba mais:
#atençãobasica #formacaonoSUS

Ministério da Saúde lança chamada pública de pesquisas no valor de R$ 1 milhão

O Ministério da Saúde e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) abriram chamada pública, até 19 de fevereiro, para que pesquisadores possam receber incentivos financeiros para a realização de estudos voltados à área de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS). Ao todo, será destinado cerca de R$ 1 milhão, no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), para apoiar às atividades e pesquisas que visem contribuir para a resolução dos problemas prioritários de saúde da população brasileira e para o fortalecimento da gestão do SUS.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Marco Fireman, esse é um passo fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento das ações em saúde pública no país. “Essa é a primeira chamada pública em ATS fruto dessa importante parceria entre o MS e o HAOC. Esse instrumento é um importante processo para incentivar a avaliação dos benefícios das tecnologias empregadas em saúde e de suas consequências econômicas e sociais para o SUS”, destaca.

As pesquisas abordarão temas prioritários do Ministério da Saúde. No campo da assistência farmacêutica, por exemplo, foram solicitadas análises econômicas que podem contribuir com o uso racional de medicamentos como: Estatinas – utilizadas para o controle do colesterol, Anticonvulsivantes e do Infliximabe e Rituximabe – indicados para o tratamento de artrite reumatóide. A vigilância em saúde também está presente na chamada com estudos que aprimorarão o diagnóstico e tratamento da malária, tuberculose, HIV, H1N1, dentre outros. Já na área de gestão de equipamentos, serão realizados estudos sobre a efetividade de novas tecnologias como acelerador de próton, que poderão ser utilizados na radioterapia contra o câncer e Oxigenoterapia Hiperbárica, que serve para o tratamento de queimaduras.

Para participar, os pesquisadores devem encaminhar seus projetos, em formato de PDF para os endereços eletrônicos: rebrats@saude.gov.br, com cópia para sustentabilidade1@haoc.com.br. O proponente deverá, obrigatoriamente, preencher os seguintes requisitos no ato da inscrição: ser portador de título de doutor e ter currículo na Plataforma Lattes atualizado. O edital está disponível em http://rebrats.saude.gov.br/.

As propostas serão avaliadas por um comitê de especialistas designado pelo Ministério da Saúde e pela Unidade de Avaliação de Tecnologias em Saúde do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Para cada projeto, cada membro do comitê atribuirá sua pontuação conforme critérios de avaliação, como: mérito técnico científico, experiência prévia em projeto de pesquisas, participação no SISREBRATS e ser membro do REBRATS. O resultado final da chamada deve sair no dia 6 de março.

A ATS é a avaliação sistemática dos efeitos ou impactos de uma tecnologia em saúde, que englobam medicamentos, materiais, equipamentos, procedimentos, sistemas organizacionais, programas e protocolos assistenciais. O objetivo é gerar mecanismos que aprimorem a atenção e os cuidados com a saúde prestados à população.

PROADI SUS – A chamada pública faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), que desde 2009 tem investido recursos para o fortalecimento do SUS e financiamento, com recursos de isenção fiscal (COFINS e cota patronal do INSS), concedida aos hospitais filantrópicos de excelência reconhecidos pelo Ministério da Saúde. O Programa conta com 412 projetos, e ainda tem mais de 123 em execução, em estudos de avaliação e incorporação de tecnologia, capacitação de recursos humanos, pesquisas de interesse público em saúde e desenvolvimento de técnicas e operação de gestão em serviços de saúde. Ao todo, já foram investidos cerca de R$ 4 bilhões.

REBRATS – Devido à importância estratégica da ATS para o SUS o Ministério da Saúde criou e apoia desde 2008 a Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde – REBRATS. A Rede possui atualmente 104 instituições membro, o que representa o envolvimento de mais de 1000 pesquisadores e gestores em saúde. Ela integra instituições de ensino, pesquisa e serviços de saúde, com o objetivo de fortalecer a tomada de decisão baseada em evidências científicas no SUS. A REBRATS possui o maior repositório de estudos completos de ATS na língua portuguesa, de acesso gratuito, atualmente com mais de 500 estudos.

Fonte site MS – http://portalsaude.saude.gov.br/

Portaria amplia oferta de PICS

Arteterapia, meditação, musicoterapia, tratamento naturopático, tratamento osteopático, tratamento quiroprático e Reiki passam a integrar a oferta de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). O Ministério da Saúde publicou hoje, no Diário Oficial da União, a Portaria nº145/2017 que amplia os procedimentos oferecidos pela Política no Sistema Único de Saúde (SUS).

Os procedimentos como terapia comunitária, dança circular/biodança, yoga, oficina de massagem/ automassagem, auriculoterapia, massoterapia, tratamento termal/crenoterápico já faziam parte dos serviços desde abril do ano passado. Por readequação da tabela, receberam novo códigos novos códigos com o intuito de facilitar para os gestores a identificação dos procedimentos das práticas integrativas.

Todos esses procedimentos eram realizados por muitos municípios brasileiros, dados confirmados pelo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB).

Os recursos para as PICS integram o Piso da Atenção Básica (PAB) de cada município, podendo o gestor local aplicá-los de acordo com sua prioridade. Alguns tratamentos específicos da acupuntura recebem outro tipo de financiamento que compõe o bloco de média e alta complexidade. O Departamento de Atenção Básica (DAB) incentiva à adoção destas práticas a partir das características de cada região, preservando a autonomia dos entes federativos para incrementar as práticas integrativas oferecidas.

Diário Oficial

Em 2016, segundo os dados coletados a partir do sistema informatizado e-SUS e do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), foram registrados mais de dois milhões de atendimentos das PICs nas UBS. Mais de 770 mil foram de Medicina Tradicional Chinesa que inclui acupuntura, 85 mil foram de fitoterapia, 13 mil de homeopatia. Já mais de 926 mil atendimentos são de outras práticas integrativas que não possuíam código próprio para registro, que com a publicação da portaria nº145/2017 passam a ter.

Atualmente, 1.708 municípios oferecem práticas integrativas e complementares e a distribuição dos serviços está concentrada em 78% na atenção básica, principal porta de entrada do SUS, 18% na atenção especializada e 4% na atenção hospitalar. Mais de 7.700 estabelecimentos de saúde ofertam alguma prática integrativa e complementar, o que representa cerca de 28% das Unidades Básicas de Saúde (UBS). As PICs estão presentes em quase 30% dos municípios brasileiros, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal e todas as capitais brasileiras.

Histórico
A PNPIC, criada em 2006, instituiu no Sistema Único de Saúde (SUS) abordagens de cuidado integral à população por meio de recursos terapêuticos, entre eles fitoterapia, acupuntura, homeopatia, medicina antroposófica e termalismo. Os serviços são oferecidos por iniciativa local, mas recebem financiamento do Ministério da Saúde por meio do PAB de cada município. Em 11 anos da implantação das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), pode-se destacar o interesse crescente da população por uma forma de atenção humanizada e de cuidado singular, iniciando o desenho de uma nova cultura de saúde e a ampliação da oferta destas práticas na rede de saúde pública.

Desde a sua implantação, o acesso dos usuários do SUS a essas práticas integrativas tem crescido exponencialmente. A inserção das PICs na rede de atenção à saúde como ferramenta de cuidado tem por objetivo ampliar a abordagem clínica e as opções terapêuticas ofertadas aos usuários, podendo ser utilizadas como primeira opção de tratamento ou forma complementar, respeitando as particularidades de cada caso.

A procura pelas práticas integrativas tem aumentado devido ao maior reconhecimento da eficácia terapêutica pelas evidências científicas, e também pela efetividade pragmática verificável pelos beneficiados. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte destas práticas. Esse movimento tem recebido apoio da Organização Mundial da Saúde que incentiva os países a inserir alternativas ao cuidado à saúde.

Conheça as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)

Fitoterapia
A fitoterapia é um tratamento terapêutico caracterizado pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal. A fitoterapia constitui uma forma de terapia que vem crescendo notadamente neste começo do século XXI.

Acupuntura
A acupuntura é uma prática que compõe a Medicina Tradicional Chinesa. Criada há mais de dois milênios, é um dos tratamentos mais antigos do mundo. Diferentes abordagens para o diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças são realizadas, entretanto o procedimento mais adotado no mundo atualmente é o estímulo da pele por agulhas metálicas muito finas e sólidas, manipuladas manualmente ou por meio de estímulos elétricos.

Homeopatia
Homeopatia é um sistema terapêutico que envolve o tratamento do indivíduo com substâncias altamente diluídas, principalmente na forma de comprimidos, com o objectivo de desencadear o sistema natural do corpo de cura. Com base em seus sintomas específicos, um homeopata irá coincidir com o medicamento mais adequado para cada paciente.

Medicina antroposófica
A Medicina antroposófica é um sistema terapêutico baseado na antroposofia que integra as teorias e práticas da medicina moderna com conceitos específicos antroposóficos. Utiliza, terapias físicas, arteterapia e aconselhamento, além de medicamentos antroposóficos e homeopáticos. A abordagem terapêutica tem o seu fundamento em um entendimento espiritual-científico do ser humano que considera bem-estar e doença como eventos ligados ao corpo humano, mente e espírito do indivíduo, realizando a abordagem holística (“salutogenesis”) que enfoca os fatores que sustentam a saúde humana através do reforço da fisiologia do paciente e da individualidade, ao invés de apenas tratar os fatores que causam a doença. A autodeterminação, autonomia e dignidade dos doentes é um tema central; terapias são acreditadas para aumentar as capacidades de um paciente para curar.

Termalismo/crenoterapia
O termalismo é um método natural de tratamento que recorre às águas minerais e/ou termais para fazer as curas. A variedade de componentes químicos e propriedades físicas da água e o seu equilíbrio permite obter propriedades que ajudam a recuperação da saúde. O termalismo engloba também todo um conjunto de tratamentos à base de produtos naturais retirados da nascente, como vapores, gases e lamas.O recurso à água como agente terapêutico foi iniciado pelos povos que habitavam nas cavernas, depois de observarem o que faziam os animais feridos.

Arteterapia
Uma atividade milenar, a arteterapia é um procedimento terapêutico que funciona como um recurso que busca interligar os universos interno e externo de um indivíduo, por meio da sua simbologia. É uma arte livre, conectada a um processo terapêutico, transformando-se numa técnica especial, não meramente artística. É uma forma de usar a arte como uma forma de comunicação entre o profissional e um paciente, assim como um processo terapêutico individual ou de grupo buscando uma produção artística a favor da saúde.

Meditação
A meditação é uma prática milenar descrita por diferentes culturas tradicionais. Tem como finalidade facilitar o processo de autoconhecimento, autocuidado e autotransformação e aprimorar as interrelações – pessoal, social, ambiental – incorporando à sua eficiência a promoção da saúde. Amplia a capacidade de observação, atenção, concentração e a regulação do corpo-mente-emoções.

Musicoterapia
Prática integrativa que utiliza a música e/ou seus elementos – som, ritmo, melodia e harmonia – num processo facilitador e promotor da comunicação, da relação, da aprendizagem, da mobilização, da expressão, da organização, entre outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de atender necessidades físicas, emocionais, mentais, espirituais, sociais e cognitivas do indivíduo ou do grupo.

Tratamento naturopático
A Naturopatia é um sistema terapêutico que utiliza métodos e recursos naturais, para apoio e estímulo à capacidade intrínseca do corpo de recuperação da saúde.

Tratamento osteopático
A osteopatia é método diagnóstico e uma forma de tratamento manual das disfunções articulares e teciduais, muito utilizado em condições dolorosas da coluna cervical e dos membros superiores. Através de técnicas de manipulação, stretching, mobilização, tratamentos para a ATM, e mobilidade para vísceras, aos poucos vai melhorando a mecânica dessas articulações, órgãos e tecidos, fazendo com que os sintomas venham regredindo a medida do tempo.

Tratamento quiroprático
A Quiropraxia é uma prática que se dedica ao diagnóstico, tratamento e prevenção das disfunções mecânicas no sistema neuromusculoesquelético e os efeitos dessas disfunções na função normal do sistema nervoso e na saúde geral. O tratamento de quiropraxia é dividido basicamente em três etapas. A primeira visa eliminar ou reduzir os sintomas da subluxação (desalinhamento da coluna), a segunda a estabilização e por último a manutenção que progredir com o bem estar.

Reiki
O Reiki é a canalização da frequência energética por meio do toque ou aproximação das mãos e pelo olhar de um terapeuta habilitado no método, sobre o corpo do sujeito receptor. A terapêutica objetiva fortalecer os locais onde se encontram bloqueios – “nós energéticos” – eliminando as toxinas, equilibrando o pleno funcionamento celular, de forma a restabelecer o fluxo de energia vital – Ki. A prática do Reiki responde perfeitamente aos novos paradigmas de atenção em saúde, que incluem dimensões da consciência, do corpo e das emoções.

Terapia Comunitária
A Terapia Comunitária atua em espaço aberto à comunidade para construção de laços sociais, apoio emocional, troca de experiências e prevenção ao adoecimento. Ao produzir a diminuição do isolamento social e ao produzir uma matriz móvel permite um espaço de troca e apoio social o qual funciona como alicerce para a produção de redes sociais e a transformação microrregional. A técnica se divide em cinco passos semi-estruturados – acolhimento, escolha do tema, contextualização, problematização, rituais de agregação e conotação positiva – fáceis de aprender e de se difundir como instrumento de promoção da saúde e autonomia do cidadão.

Dança Circular/Biodança
Biodança é um sistema de integração e desenvolvimento humano, um sistema baseado em experiências do crescimento pessoal induzido pela música, movimento e emoção. Esta terapia utiliza exercícios e músicas organizados, a fim de aumentar a resistência ao estresse, promover a renovação orgânica e melhorar a comunicação. Sua metodologia é induzir experiências de integração por meio da música, do canto, do movimento criando situações que facilitam a reunião em nível de relacionamento interpessoal.

Dança Circular é uma prática de dança em roda, tradicional e contemporânea, originária de diferentes culturas que favorece a aprendizagem e a interconexão harmoniosa entre os participantes. As pessoas dançam juntas, em círculos e aos poucos começam a internalizar os movimentos, liberar a mente, o coração, o corpo e o espírito. Por meio do ritmo, da melodia e dos movimentos delicados e profundos os integrantes da roda são estimulados a respeitar, aceitar e honrar as diversidades.

Yoga
Trabalha o praticante em seus aspectos físico, mental, emocional, energético e espiritual visando à unificação do ser humano em Si e por si mesmo. Constitui-se de vários níveis, sendo o Hatha Yoga um ramo do Yoga que fortalece o corpo e a mente através de posturas psicofísicas (ásanas), técnicas de respiração (pranayamas), concentração e de relaxamento. Entre os principais benefícios podemos citar a redução do estresse, a regulação do sistema nervoso e respiratório, o equilíbrio do sono, o aumento da vitalidade psicofísica, o equilíbrio da produção hormonal, o fortalecimento do sistema imunológico, o aumento da capacidade de concentração e de criatividade e a promoção da reeducação mental com consequente melhoria dos quadros de humor, o que reverbera na qualidade de vida dos praticantes.

Oficina de Massagem/Automassagem
Diversas culturas utilizam as massagens no cuidado em saúde, a automassagem tem a finalidade de manter ou restabelecer a saúde, por meio da promoção do equilíbrio da circulação de sangue e de energia por todas as partes do corpo. É realizada pelo próprio sujeito, por meio de massagens de áreas e/ou pontos de acupuntura no seu corpo.

Auriculoterapia
A auriculoterapia é uma terapia que consiste na estimulação com agulhas, sementes de mostarda, objetos metálicos ou magnéticos em pontos específicos da orelha para aliviar dores ou tratar diversos problemas físicos ou psicológicos, como ansiedade, enxaqueca, obesidade ou contraturas. A auriculoterapia chinesa faz parte de um conjunto de técnicas terapêuticas, que tem como base os preceitos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Acredita-se que tenha sido desenvolvida juntamente com a acupuntura sistêmica (corpo), que é, atualmente, uma das terapias orientais mais populares em diversos países e tem sido amplamente utilizada na assistência à saúde.

Massoterapia
A massoterapia é um termo que engloba diversas técnicas terapêuticas, cujo objetivo é melhorar a saúde e prevenir alguns desequilíbrios corporais. Por meio do ato de tocar regiões do corpo de uma pessoa, realizando movimentos fortes ou sutis, é possível trabalhar os aspectos físicos e mentais de cada um. A prática, baseada em técnicas de massagens relaxantes, estéticas ou terapêuticas inspiradas no oriente e no ocidente, é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Nota publicada no site do DAB/MS – http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=2297

Fórum Europeu de Atenção Primária

O Fórum Europeu de Atenção Primária à Saúde será realizado nos dias 24 a 26 de setembro de 2017 na cidade do Porto, em Portugal . Terá como tema central : Dando voz aos cidadãos na atenção primária.

O evento é organizado com o apoio da Associação Nacional de Unidades de Saúde da Família de Portugal
Para informações visite o site – http://efpc2017.pe.hu/

Contribuições e desafios da ESF na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão da literatura

O estudo analisou as contribuições e os desafios da Estratégia Saúde da Família no desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde do Brasil. Foi realizada revisão de literatura e análise de artigos segundo as dimensões: político-institucional, organizativa e técnico-assistencial. Na primeira dimensão, destacaram-se contribuições para a expansão dos cuidados primários, institucionalização da avaliação e promoção da equidade; e desafios relacionados ao financiamento, formação/educação/gestão de pessoal e à intersetorialidade.Verificou-se ampliação da oferta de serviços, contato por ações programáticas e favorecimento da integralidade da atenção na dimensão organizativa; e desafios ligados ao acesso, porta de entrada, integração à rede de serviços, planejamento e participação social. Na dimensão técnico-assistencial observaram-se benefícios para o trabalho multidisciplinar, enfoque familiar, acolhimento, vínculo, humanização, orientaçãocomunitária, produção do cuidado e desempenho.Os desafios para seu aprimoramento estão condicionados a fatores complexos e exigem esforço político-institucional.

Autores: Luciano José Arantes, Helena Eri Shimizu, Edgar Merchán-Hamann

Leia artigo

Artigo publicado na Revista C&SC

Conheça os Protocolos da Atenção Básica

Em dezembro, o “Protocolo de Atenção à Saúde da Criança no âmbito da Atenção Básica” e o “Protocolo de Atenção as Doenças Crônicas Não Transmissíveis – risco cardiovascular no âmbito da Atenção Básica” entraram em Consulta Pública, um importante mecanismo para aperfeiçoar as diretrizes propostas pelos protocolos.

Esses documentos e outros já lançados pelo Ministério da Saúde são materiais técnicos que servem como guia ao trabalho das equipes e profissionais de saúde. Existem três tipos: Protocolos da Atenção Básica, Protocolos de Encaminhamento e Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT).

No caso dos Protocolos da AB, a construção do material é balizada pelos pressupostos da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). As diretrizes têm como foco na prática clínica e a gestão do cuidado, auxiliando na escolha do tratamento mais qualificado, além da organização dos serviços de saúde. É um importante instrumento de consulta dos profissionais da área.

Os Protocolos de Encaminhamento da AB tem como objetivo aumentar a resolutividade na atenção primária e ainda diminuir os encaminhamentos desnecessários e a demanda reprimida para serviços de especialidades. O documento regulamenta o processo de trabalho e acesso aos serviços solicitantes até as centrais de regulação, além de organizar os fluxos de atendimento. Resumidamente, respondem a duas questões principais: se o paciente tem indicação clínica para ser encaminhado ao serviço especializado e quais são os pacientes com condições clínicas ou motivos de encaminhamento que devem ter prioridade de acesso.

Já os PCDT estabelecem os critérios de diagnóstico de cada doença, o algoritmo de tratamento das doenças com as respectivas doses adequadas e os mecanismos para o monitoramento clínico em relação à efetividade do tratamento, além da supervisão de possíveis efeitos adversos.

O que são?
“Os protocolos são subsídios indispensáveis à tomada decisão no cotidiano da atenção à saúde, favorecendo que de norte a sul do país os profissionais contem com diretrizes harmônicas e explorem o potencial de toda a equipe de AB na promoção do cuidado integral. Os materiais devem ser constantemente avaliados de acordo com a realidade de aplicação, além de receber acompanhamento gerencial sistemático e revisões periódicas. Isso permite que o processo de trabalho seja um espaço de criação e renovação”, explica Ana Cláudia Cardozo Chaves do DAB.
Os Protocolos da Atenção Básica têm abrangência nacional, por isso pode ser adotado na íntegra ou adaptado pelos gestores estaduais e municipais conforme as necessidades e particularidades regionais. Deve, ainda, ser utilizado de forma complementar a outras publicações do DAB, como os Cadernos de Atenção Básica. Os protocolos não têm como propósito abarcar todos os arranjos e práticas de cuidado em saúde, nem nos demais níveis de atenção, mas sim trazer ofertas para o fortalecimento dos serviços da AB.

Como é feito?
O Ministério da Saúde tem como parceiro na elaboração do conteúdo dos Protocolos da Atenção Básica o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês (IEP/HSL), através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS). O processo de elaboração se deu por meio de oficinas de trabalho com trabalhadores de diferentes núcleos profissionais com experiência e conhecimento na AB. Os encontros são orientados por metodologias específicas com o objetivo de intensificar o aprofundamento nos temas da publicação e a criação de um formato que dialogue com a lógica do atendimento primário.
Para embasar o documento, são usadas referências bibliográficas que versam sobre práticas e saberes já consolidados no âmbito da Atenção Básica, isto é, tratam do cuidado em saúde considerando a perspectiva do usuário, da pessoa que busca da equipe de saúde, contemplando a organização do processo de trabalho sob a ótica da integralidade. O conteúdo dos Cadernos de Atenção Básica (CABs) também serve como ponto de partida para a elaboração desses materiais. Agregam-se aos CABs as diretrizes de políticas de saúde, com destaque para a PNAB, além de manuais, diretrizes, normas e notas técnicas, leis, portarias e outras publicações do MS. Além disso, são utilizadas evidências científicas de bases de dados nacionais e internacionais.
Após elaboração, é realizada a etapa de validação interna, que consiste em um processo de discussão do material na equipe interna de especialistas do IEP/HSL, em debate com os autores. Depois, validação externa com um conjunto de especialistas externos ao IEP/HSL – profissionais, gestores, professores – em saúde da família, medicina de família e comunidade (MFC) e especialidades relacionadas à temática em interface com a AB. Por último, a consulta pública, que é uma etapa de validação mais ampla, estendida a toda a sociedade civil, promovida a fim de garantir o aprimoramento do material elaborado pela equipe de produção.

Protocolos

protocolo_saude_mulher

protocolos_AB_vol1_Endocrinologia_Nefrologia

Protocolos_AB_Vol2_Cardiologia

Protocolos_AB_vol3_reumatologia_ortopedia

Protocolos_AB_vol4_ginecologia

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Protocolos_AB_vol6_urologia
Protocolos_AB_vol7_proctologia

Protocolos_AB_vol8_hematologia

Unidade Básica -Série televisiva brasileira aborda o cotidiano de profissionais do SUS e reforça humanização

Dona Vilma tem diabetes, mas não toma os remédios recomendados por doutor Paulo; Juliano descobre que é soropositivo, mas não se cuida como orienta a doutora Laura; Sofia, de 9 anos, tem sangue na urina, embora os exames nada detectem; mesmo em estado grave devido a cirrose, Eraldo não quer parar de beber; Dona Iná não tem um bom relacionamento com a filha e descobre que está com câncer em estágio terminal; Demerval pede aos médicos que não contem à esposa onde contraiu a febre amarela; médico, Paulo negligencia a própria saúde.

Todos esses casos são temas relatados na série brasileira “Unidade básica”, que mostra a realidade de usuários, médicos, enfermeiros, agentes de saúde e auxiliares em uma Unidade Básica de Saúde do SUS. Em exibição no canal fechado Universal, a primeira temporada da série começou a ser exibida em setembro de 2016 — com continuação prevista para 2017, segundo seus realizadores. “Um dos principais motivos de fazer uma série dentro do SUS é mostrar que existe um sistema que dá certo e que, embora tenha muitas dificuldades, nele existem profissionais que ajudam e muito a população”, disse à Radis a médica Helena Petta, uma das idealizadoras da série.

A produção vai além da exibição da rotina dos usuários e trabalho dos profissionais, discutindo com sensibilidade temas que são caros ao SUS, como a integralidade do cuidado. Segundo Helena, uma das maneiras de se mostrar a importância da integralidade foi apresentar diferentes perfis profissionais, a partir do cotidiano dos médicos Laura e Paulo, personagens principais da série. Enquanto Paulo se enquadra no perfil do médico “humanista”, que acredita que a profissão vai além da prescrição de medicamentos e se envolve com os pacientes que atende, Laura, recém-formada, é mais voltada para questões biomédicas, atenta aos sinais das doenças e ao que dizem os resultados dos exames. A proposta é aproximar o universo destes profissionais de quem atende nas unidades básicas de saúde. “A gente procurou entender quem são os usuários do sistema, quais os ambientes onde vivem e suas vulnerabilidades”, afirmou Helena.

Especialista em infectologia e mestre em Saúde Pública, Helena Petta trabalhou em uma Unidade Básica de Saúde em Campinas (SP) e supervisionou estudantes de Medicina em Curitiba. Ela conta que a ideia da série surgiu a partir de uma discordância da abordagem da Saúde nos meios de comunicação e, também, da percepção de que as séries médicas somente abordam o tema sob o ponto de vista da doença — em geral, as raras — e se situam sempre no ambiente hospitalar. “Pensei em uma série que se passasse em uma UBS, porque aí conseguiríamos discutir um pouco mais os determinantes sociais do processo saúde-doença”, justificou.

Para alcançar este objetivo, a série trata a comunicação entre profissionais e usuários como fundamental na resolução dos problemas apresentados pelas personagens. No segundo episódio da primeira temporada, por exemplo, quando foi explorado o conflito entre religião e HIV, a comunicação foi essencial. “Esse episódio é bastante debatido, pois nos faz pensar até que ponto a Saúde pode ou não interferir na fé das pessoas”, afirmou. Além disso, Helena acredita que o episódio também toca na importância de a comunidade estar engajada com o que acontece na unidade de saúde. “No momento em que o doutor Paulo enxerga no pastor um aliado — e acredito que aí esteja a sacada — ele vê que a solução pode vir da própria comunidade”.

Idealizada e produzida em um momento “de expansão do SUS”, como avalia Helena, a série, inspirada em acontecimentos reais, também pode servir como instrumento de defesa do próprio sistema, avalia a médica. Para ela, ao mostrar a intimidade de quem trabalha no sistema e de quem necessita dele, e reforçar a importância do atendimento humanizado e da participação dos conselhos de saúde em uma Unidade Básica, a produção pode sensibilizar as pessoas sobre as recentes ameaças contra o SUS. “O que antes estava em expansão hoje sofre um retrocesso. Espero que a série seja um instrumento que mostre para a população o quanto esse sistema é importante e o quanto ele precisa ser defendido por todos nós”, apontou Helena.
Autor: Ludmila Silva
Reportagem publicada na revista Radis – http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/172/reportagens/unidade-basica

Mapeamento do prontuário eletrônico no Brasil

O Ministério da Saúde (MS) deu prazo de 60 dias para os municípios adotarem prontuário eletrônico ou justificarem a não implantação do sistema nesse período. A informatização vai integrar as ações de saúde, permitindo o melhor atendimento ao cidadão, uma melhor aplicação dos recursos públicos e o fornecimento de dados para o planejamento do setor.

O município pode optar por adotar o sistema e-SUS AB disponibilizado pelo governo federal ou utilizar software próprio. Caso este pré-requisito não seja atendido o município terá o pagamento do Piso da Atenção Básica Variável* cortado. Os municípios que não concretizaram o processo de implantação de outubro a dezembro tiveram que justificar por formulário online. As respostas continham os motivos para não adotarem o Prontuário Eletrônico amplamente, bem como, a declaração do prazo que o município levará para fazê-lo.

Somente a justificativa não isenta município de implantar o sistema e também não garante o repasse do PAB. Os gestores que tiverem recursos suspensos, poderão solicitar pagamento retroativo até dois meses após suspensão dos recursos (Portaria GM/MS 2.488/2011).

Cada justificativa apresentada está sendo analisada pelo Ministério da Saúde. Após o balanço do quadro, será desenhado um Plano Nacional de Apoio à Implantação do Prontuário Eletrônico para os próximos seis meses. A pasta adotará estratégias como: apoio à aquisição de equipamentos, conectividade e capacitação/treinamento dos trabalhadores para o uso do prontuário eletrônico.

Cenário
Em 60 dias, 5548 responderam ao questionário. Mais de 53% dos municípios responderam que estão parcialmente informatizados e equipados com computadores. Apenas 17% não estão. No mesmo período, 978 UBS implantaram o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), sendo que destas 326 unidades são de 140 novos municípios.

Os gestores puderam especificar quatro dificuldades para adotar o prontuário eletrônico no atendimento. Mais de de 84% alegaram ter insuficiência de equipamentos. Já por volta de 73% das unidades têm problemas de conectividade. Falta profissional em Tecnologia da Informação (TI) para 67,9%. Também o baixo conhecimento de informática por parte dos profissionais de saúde atinge 75% das UBS.

Registro do prontuário eletrônico em 2016
Procedimentos ambulatoriais: 105,5 milhões;
Consultas médicas: 72,5 milhões;
Consulta odontológica: 48,9 milhões;
Procedimentos, como coleta de citopatológico, sutura, entre outros: 105,5 milhões;
Visitas domiciliares: 232,9 milhões.

Versão e-SUS AB do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC)
Integra outros sistemas de gestão;
Permite registrar as ações de cuidado da Estratégia Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde;
Profissional de saúde pode verificar a disponibilidade de medicamentos;
Armazena histórico de atendimento: curativos, evolução de tratamento, registro de medidas corporais, pressão arterial, focos de Aedes Aegypti e orientações;
Gera número do Cartão Nacional de Saúde no momento da consulta.

*PAB Variável
R$ 10 bilhões/ano para a assistência na Atenção Básica – Saúde da Família, Brasil Sorridente, Saúde na Escola, Pré-Natal, entre outros.

Nota publicada no site do DAB/MS