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Arquivo Mensal dezembro 2015

Programa Mais Médicos: uma ação efetiva para reduzir iniquidades em saúde

O Programa Mais Médicos objetiva diminuir a carência de médicos e reduzir as desigualdades regionais em saúde e envolve três frentes estratégicas: i) i) mais vagas e novos cursos de Medicina baseados em Diretrizes Curriculares revisadas; ii) investimentos na construção de Unidades Básicas de Saúde;iii) provimento de médicos brasileiros e estrangeiros. O programa efetuou, até julho de 2014, o provimento de 14.462 médicos em 3.785 municípios com áreas de vulnerabilidade. Evidências indicam redução em 53% no número de municípios com escassez de médicos; na região Norte 91% dos municípios que apresentavam escassez foram atendidos, com quase cinco médicos cada, em média. A integração dos profissionais nas Equipes de Saúde da Família fortaleceu e expandiu a capacidade de intervenção, especialmente na perspectiva da adoção de um modelo de atenção que englobe as diferentes demandas de promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças e agravos, para enfrentar o desafio da dupla carga de doença. Prevalecem na população a obesidade e doenças crônicas não transmissíveis, lado a lado com as enfermidades infecciosas, parasitárias e carências nutricionais remanescentes. O povo das cidades, do campo e da floresta quer mais médicos e mais perspectivas de saúde e de justiça social.

Autores: Leonor Maria Pacheco Santos,Ana Maria Costa, Sábado Girardi Nicolau

Leia artigo – artigo28_12-2015

Artigo publicado na Revista Ciência & Saúde Coletiva  http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/index_interno.php

 

Multimorbidade em idosos

O estudo entrevistou 1.593 idosos da cidade de Bagé-RS, em 2008. Os indivíduos responderam, em seus domicílios, a um questionário sobre condições de vida e saúde. Destes, apenas 6% não apresentavam doenças e mais de 60% tinham multimorbidade (81% tinham duas ou mais doenças e 64%, três ou mais). As doenças mais frequentes foram hipertensão arterial e problema na coluna. Os idosos do sexo feminino, mais pobres, com menor escolaridade, morando na periferia da cidade e que usaram serviços de saúde tiveram mais multimorbidade. Além disso, as principais combinações de doenças foram: hipertensão arterial e problema na coluna (1 a cada 5 idosos), e hipertensão arterial, problema na coluna e artrite/artrose/reumatismo (1 a cada 10 idosos). Ao identificar a prevalência de multimorbidade, as principais combinações de doenças e as morbidades que ocorreram além do esperado ao acaso, os resultados do estudo poderão contribuir para melhorar o cuidado a diferentes doenças em um mesmo idoso. Também, sinaliza a necessidade de modificação do atual foco do sistema e dos serviços de saúde em doenças isoladas para o cuidado que considere a ocorrência de múltiplos problemas de saúde em um mesmo indivíduo.

Autores – Bruno Pereira Nunes, Elaine Thumé, Luiz Augusto Facchini

Lei artigo completo – artigo21_12_2015

Aplicativos do TelessaúdeRS/UFRGS estão disponíveis

Os aplicativos do TelessaúdeRS/UFRGS estão disponíveis para download nos sistemas Android e iOS. Novos apps foram lançados, sobre doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, depressão e prevenção de suicídio. O objetivo principal desses apps é fornecer para MFCs e outros profissionais que trabalham na Atenção Primária à Saúde novas ferramentas para auxiliar o process

o de tomada de decisão clínica. Saiba mais: http://ow.ly/Vtyl2

Superar desconfiança na atenção básica é o desafio

Na lista dos desafios enfrentados no Sistema Único de Saúde (SUS), está a necessidade urgente de mudar um comportamento “nocivo” dos próprios pacientes. O de buscar, em qualquer ocasião, atendimento em hospitais e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), saturando os serviços de emergência. A jornalista Aline Louise do mineiro Hoje em Dia, publicou neste domingo, 13 de dezembro, matéria que contou com a participação de conselheira da Abrasco, professora Eli Iola Gurgel Andrade.

Para especialistas, a maior parte das doenças poderia ser tratada em unidades básicas, com o acompanhamento do médico da família. Para a professora da faculdade de medicina da UFMG, membro da diretoria da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Eli Iola Gurgel Andrade, é preciso vencer a “falta de confiança” do usuário como relação às unidades básicas de saúde.

Ponto que precisa ser trabalhado inclusive entre os médicos, avalia a gerente da Unidade de Referência Secundária (URS) Campos Sales, Érica Alvarenga. “Ainda temos de convencer os colegas de que o paciente deve ter como referência o médico da família”, reforça.

Ajustes necessários

O consultor em saúde pública Eugênio Vilaça Mendes reconhece a importância de uma atenção primária forte, mas critica a fragmentação do sistema. “Os componentes não se comunicam. O posto de saúde não fala com o laboratório e com o hospital, e isso representa uma ineficiência muito grande”.

Mendes explica que esse modelo foi desenvolvido no século passado, quando predominavam na saúde brasileira eventos agudos, como doenças infecciosas, traumas, que podem ser respondidos de uma forma rápida e curável.

Agora, num cenário de envelhecimento da população e crescimento da obesidade, há uma predominância, em torno de 70%, de doenças crônicas como diabete e hipertensão. Enfermidades que não respondem ao modelo antigo por demandarem tratamento contínuo.

“Nessas condições crônicas, o modelo fragmentado não dá conta. Temos de organizar o sistema numa rede que se comunica, com foco na atenção primária”, afirma Mendes.

Notícia publicada site ABRASCO – http://www.abrasco.org.br/site/

Relatório de consulta de experts sobre o perfil de sistema de atenção primária e seu desempenho (PRIMASYS).

O relatório foi um encontro do “Alliance for Health Policy and Systems Research (HPSR)”, da Organização Mundial de Saúde (OMS) em colaboração com a Fundação Bill & Melinda Gates, no qual realiza um novo portfólio do trabalho intitulado “O perfil de sistema de atenção primária e seu desempenho: Aprendizado no nível dos países (PRIMASYS)” (Primary Care Systems Profiles & Performance: Lessons at Country Level (PRIMASYS). Este projeto tem a meta de responder a lacunas de conhecimento sobre o sistema de saúde no nível da linha de frente e prover informações a todos os atores (stakeholders) que trabalham na interface dos sistemas de atenção primária em países de média e baixa renda (LMIC).

Nos dias 22 e 23 de Julho de 2015, eu participei de uma reunião em Genebra, organizado pela Alliance for Health Policy and Systems Research (HPSR), onde participaram experts de países de baixa e média renda, em que foram realizadas apresentações sobre temas relacionados a atenção primária. Eu apresentei sobre “Atenção Primária e sistemas de saúde descentralizados” e foram discutidas reflexões sobre a interface da atenção primária e os sistemas de saúde e o objetivo específico foi definir estratégias para o desenvolvimento de estudos de países e analisar as recomendações a serem apoiadas pela OMS.

Autor: Airton Tetelbom Stein

Coordenador do GT de Médodos da REBRATS

Coordenador do NATS do Grupo Hospitalar Conceição

Professor Titular de Saúde Coletiva da Ufcspa

Professor Adjunto do Curso de Promoção de Saúde da Ulbra

material14_12_2015

 

XXVII Congresso da ALASS – CALASS 2016

A ALASS é uma associação científica e profissional que tem como objetivo a promoção de intercâmbios e o desenvolvimento de investigações conjuntas, assim como a formação de investigadores de diferentes  países de cultura latina no campo da análise dos sistemas de saúde. Entre os dias 21 a 23  na Faculdade de Ciências da Saúde da UnB, em Brasília a instituição realizará o CALASS 2016.

Os campos de interesse da ALASS são:
•A planificação, organização e gestão dos serviços de saúde.
•A análise dos fatores que influenciam as condições de saúde e a utilização dos
serviços.
•O desenvolvimento de métodos de avaliação das práticas profissionais, tecnologias e ações de  promoção da saúde.
• A análise das políticas e estratégias de intervenção sanitária.

Em todas as suas atividades, a associação dá especial atenção ao contexto específico dos países de  cultura latina. Estão convidados a integrar-se se na ALASS todos os investigadores, profissionais, gestores, planificadores  e analistas do setor da saúde, de cultura latina ou os que se identifiquem com a mesma.

T EMA PRINCIPAL
: O trabalho dos profissionais frente aos desafios dos sistemas de
saúde A escolha do tema principal para o CALASS 2016 deve-se
à necessidade d e ampliar a reflexão sobre os desafios nacionais e internacionais presentes nos processos de trabalho em saúde. Falar do trabalho é falar de
quem o realiza, como o realiza, e das condições em que o realiza.
O debate acontece no contexto da globalização, onde mudanças demográficas, epidemiológicas, tecnológicas, entre outras, têm consequências para o trabalho dos profissionais da saúde. Quais são os impactos dessas tranformações?
Quais são os problemas, os desafios e as reservas de altern
ativas presentes para o trabalho nesse cenário.
Viste o site do congresso – http://alass.org/pt/

Mais Médicos – Profissionais brasileiros começam a atuar em 122 municípios

A partir desta segunda-feira (7/12), 134 médicos brasileiros iniciam as atividades em 122 municípios do país por meio do Programa Mais Médicos. As vagas foram preenchidas na segunda chamada do atual edital de reposição. A atuação desses participantes levará assistência a mais de 450 mil pessoas de todas as regiões. A seleção faz parte do plano de reposições definido pelo Ministério da Saúde para o Mais Médicos, que realiza inscrições trimestrais para preenchimento de vagas ociosas.

Confira os municípios selecionados na segunda chamada

“É importante destacar o maior interesse dos médicos brasileiros pelo Programa neste ano. É o segundo edital de reposição publicado em 2015 e mais uma vez 100% da demanda foi atendida apenas com profissionais do Brasil. Essa participação é resultado da consolidação do Mais Médicos, com impacto positivo diretamente para os municípios e para a população, pois conseguem rapidamente garantir a continuidade do desenvolvimento das atividades nas Unidades Básicas de Saúde”, ressalta o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto.

Os gestores municipais deverão homologar os profissionais até sexta-feira (11/12), confirmando quais de fato compareceram ao município. Os médicos que não se apresentarem dentro do prazo previsto, ficarão impedidos de se inscrever no Mais Médicos por seis meses. Ao todo, 326 vagas foram solicitadas por 264 municípios nesta fase.

SOBRE O PROGRAMA – Na expansão realizada em janeiro de 2015, das 4.139 vagas ofertadas, 100% foram ocupadas por brasileiros ou por médicos brasileiros formados fora do Brasil. Já no edital de reposição lançado em julho, das 276 vagas ofertadas, 100% das vagas foram preenchidas por médicos com CRM Brasil. O próximo edital de seleção de médicos está previsto para janeiro de 2016.

Criado em 2013, o Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. Com a expansão em 2015, o Programa conta com 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.

Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no país. No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São mais de R$ 5 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país, que compõem o terceiro eixo do programa, preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS.

Publicado site MS – http://portalsaude.saude.gov.br/

Desafios Organizacionais para Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde em Portugal

Este artigo analisa os principais aspectos da Reforma da Atenção Primária à Saúde (APS) em Portugal, que culminaram na implantação das Unidades de Saúde Familiar (USF), ampliação do acesso e melhoria no processo de coordenação dos cuidados. Identifica avanços e limites da reforma na APS portuguesa, que, apesar do contexto social e histórico distinto, podem subsidiar as políticas de saúde no Brasil. Realizou-se um estudo de caso com abordagem qualitativa, em Portugal, elegendo-se quatro USF na Região Norte, uma USF na Região de Lisboa/Vale do Tejo e dois Agrupamentos de Centros de Saúde (Aces) na Região Norte. Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturadas, com observação sistemática e análise documental. O sucesso da reforma destaca-se na dimensão micropolítica, ou seja, na criação das USF como processo voluntário de adesão dos profissionais de saúde, o que permite certa estabilidade mesmo em tempos de crise. A Reforma da APS em Portugal é considerada um “evento extraordinário”, um exemplo bem-sucedido de intervenção nas reformas organizacionais na Europa em favor da coordenação dos cuidados por médicos generalistas.

Autores:

Adriano Maia dos SantosI
Ligia GiovanellaI
Henrique BotelhoI
Jaime Correia de SousaI

Leia artigo – artigo7_12_2015

Maior conferência de saúde do Brasil reúne profissionais, gestores e usuários do SUS

“O SUS é a maior política pública de justiça social, de direitos humanos e sociais do Brasil. E as conferências nacionais de saúde são a expressão da força da sociedade”. A afirmação do ministro da Saúde, Marcelo Castro, permeia os temas em discussão na 15ª Conferência Nacional de Saúde (15ª CNS), aberta na noite desta terça-feira (1º), em Brasília (DF). E o espelho da participação popular nos debates da saúde pública é formado pelos trabalhadores da saúde, gestores públicos e usuários do SUS entre estudantes, aposentados, população do campo, representantes de movimentos LGBT, de defesa da igualdade racial, dos povos indígenas e quilombolas, entre outros, que debatem até a próxima sexta-feira (4) os rumos do Sistema Único de Saúde.

“O Conselho Nacional de Saúde é a participação viva da sociedade nas decisões tomadas pelo Estado no interesse geral da saúde. É a participação popular no exercício do poder político”, disse em seu discurso o ministro, que também participou da mesa de abertura do evento, nesta quarta-feira (2).

A 15ª CNS é a etapa central de um processo que mobilizou ao longo de 2015 mais de 1 milhão de brasileiros em todo o país, segundo informou a presidenta do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro de Souza. De acordo com ela, foram realizadas 5 mil conferências municipais desde abril. Dezessete estados mobilizaram 100% de seus municípios em torno dos oito eixos temáticos da conferência, com discussões que resultaram em mais de mil propostas trazidas ao fórum central de debates.

Da solenidade de abertura também participaram os governadores do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg e do Piauí, Wellington Dias; o secretário municipal de Saúde de São Paulo e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o médico sanitarista e ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, a ex-ministra da Saúde da Bolívia, Nila Heredia, o representante da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS), Joaquim Molina, a presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Maria Emília Pacheco, o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Mauro Junqueira, o presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, João Reis, e o presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara de Deputados, deputado Antonio Brito.

Saxofone e percussão – A solenidade de abertura da 15ª Conferência Nacional de Saúde teve momentos marcantes. As bandeiras de todos os estados, do Brasil e do SUS entraram no auditório conduzidas pelos soldados do 1º regimento de cavalaria de guardas, os Dragões da Independência. Em seguida, o Hino Nacional foi executado ao saxofone pelo farmacêutico Álvaro Stether. A cantora e servidora do Ministério da Saúde, Tereza Lopes, declamou um texto do escritor uruguaio Eduardo Galeano. O som percussivo do grupo brasiliense Batalá levantou o auditório.

Avanços – Evento criado em 1937, as conferências nacionais de saúde têm desempenhado importante papel nos avanços alcançados pela saúde pública brasileira. As bases para a criação do SUS foram estabelecidas na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, e depois consolidadas na Constituição Federal de 1988. Importantes estratégias de saúde pública do país, como SAMU, Rede Cegonha e programa Saúde da Família tiveram suas sementes lançadas em conferências nacionais, que ocorrem a cada quatro anos. Este ano o tema é “Saúde pública para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro”.

Os oito eixos temáticos que norteiam os debates da conferência nacional são “Direito à saúde, garantia de acesso e atenção de qualidade”; “Participação e controle social”; “Valorização do trabalho e da educação em saúde”; “Financiamento do SUS e relacionamento público-privado”; “Gestão do SUS e modelos de atenção à saúde”; “Informação, educação e política de comunicação do SUS”, “Ciência, tecnologia e inovação no SUS” e “Reformas democráticas e populares do Estado”.

A íntegra da programação pode ser acessada aqui.

Nota publicada site MS – http://portalsaude.saude.gov.br/