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Arquivo Mensal setembro 2015

UNA-SUS/UFMA abre inscrições para especialização voltada a participantes do Provab e Mais Médicos

A UNA-SUS/UFMA está com inscrições abertas para o curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde, voltada para os profissionais dos Programas Mais Médicos e PROVAB, nos estados da Bahia, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins.

A oportunidade é voltada aos profissionais do 7º ciclo dos programas e para aqueles que ainda não participaram de outras ofertas do curso.

Interessados poderão se matricular de 26 de setembro a 4 de outubro de 2015.  As inscrições devem ser realizadas no endereço eletrônico: www.unasus.ufma.br/inscricao e os documentos, listados abaixo, deverão ser anexados no próprio sistema no ato da inscrição.

  • RG (Cédula de Identidade), ou Registro Nacional de Estrangeiros (RNE), ou Certidão de Nascimento (algum documento que contenha o nome completo, foto e naturalidade);
  • CPF (caso não conste nos documentos acima);
  • Certidão de casamento ou de divórcio, em casos especiais;
  • Diploma (frente e verso).

O Curso– Com carga horária de 450 horas, três eixos e 15 módulos, o curso utiliza métodos ativos de ensino. Na especialização, os alunos são incentivados a problematizar os próprios processos de trabalho, buscando identificar problemas e possibilidades de enfrentamento.

Fonte: Comunicação UNA-SUS/UFMA

A inserção do nutricionista na Atenção Básica: uma proposta para o matriciamento da atenção nutricional

Em 2008 houve a integração do nutricionista nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Com foco no desenvolvimento de apoio assistencial e técnico-pedagógico às Equipes de Saúde da Família, o objetivo do trabalho foi desenvolver uma proposta de ações matriciais de nutrição dirigidas à mulher e à criança na Estratégia de Saúde da Família. O trabalho foi desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde e dividido em Ciclo I, a partir das entrevistas com famílias de crianças de 0 a 6 anos para compor o reconhecimento do território; e Ciclos II e III, a partir do desenvolvimento de atividades intersetoriais de campo para promover a segurança alimentar e nutricional com base no apoio matricial. Com o diagnóstico de vulnerabilidade social, risco nutricional das crianças, indicadores de desmame precoce e consumo alimentar inadequado, foram desenvolvidas ações com o objetivo de propor um modelo matricial de ações de nutrição em três cenários: comunidade, família e indivíduo. Dentre as atividades desenvolvidas destacam-se oficinas culinárias, atenção ao pré-natal e capacitação de agentes comunitários de saúde. Este trabalho testou formas de desenvolver assistência nutricional a partir da clínica ampliada e reconhecimento do território, visando aprimorar a atuação do nutricionista como educador em saúde.

Autores:

Marina Borelli 1

Semíramis Martins Álvares Domene 2

Laís Amaral Mais 1

Juliana Pavan 1

José Augusto de Aguiar Carrazedo Taddei 1

 

PDF – artigoC&SC28_10_2015

 

Artigo publicado na Ciência e Saúde Coletiva -2015, vol.20, n.9, pp. 2765-277 –

http://www.abrasco.org.br/site/revistas/revista-ciencia-saude-coletiva/

 

Programa Mais Médicos para o Brasil leva atenção básica para 63 milhões de pessoas

Iniciativa, que completa dois anos, conta com a cooperação técnica da OPAS/OMS

Washington, DC, 22 setembro 2015 (OPAS/OMS) –

Um projeto inovador realizado pelo Brasil para expandir o acesso à atenção básica de saúde alcançou a cobertura de aproximadamente 63 milhões de pessoas em comunidades historicamente excluídas no país, desde que foi lançado, há dois anos, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

O “Programa Mais Médicos” levou 18.240 médicos brasileiros e estrangeiros para 4.058 municípios, a maioria deles em áreas remotas, com população em situação de vulnerabilidade socioeconômica e nas periferias das grandes cidades, e para os 34 distritos sanitários especiais indígenas existentes no país. Aproximadamente 62% dos profissionais de saúde são cidadãos cubanos e ingressaram no Programa por meio do projeto de cooperação técnica entre a OPAS/OMS e os Ministérios da Saúde do Brasil e Cuba.”Este é um país que transformou a teoria em prática”, disse Joaquín Molina, representante da OPAS/OMS no Brasil. “O Brasil se comprometeu a oferecer acesso universal à saúde, e ao longo dos últimos dois anos chegou muito perto de tornar isso uma realidade”.A Constituição do Brasil endossa explicitamente o direito à saúde, e seu Sistema Único de Saúde fornece estes serviços gratuitamente para todos os brasileiros. No entanto, sua grande população, o vasto território e a complexa geografia dificultam o atendimento das necessidades de todos os habitantes, especialmente em comunidades vulneráveis e remotas.O Programa Mais Médicos abordou estes desafios ampliando o número de vagas do curso de Medicina em universidades do Brasil, melhorando os incentivos para os profissionais de saúde atuarem em áreas carentes, e recrutando médicos de outros países quando esses incentivos não conseguiram atrair um número suficiente de brasileiros.Quando o programa começou, em 2013, o Brasil tentou recrutar médicos da atenção primária para atender em comunidades de todo o país, incluindo os 701 municípios que na época não contavam com nenhum médico. Milhares de novos postos foram criados e abertos, primeiro para médicos brasileiros e em seguida para médicos estrangeiros.

No entanto, no início, os médicos brasileiros demoraram a aceitar as vagas nas comunidades carentes, e os 701 municípios continuaram sem médicos.Durante dois anos, milhares de médicos estrangeiros e profissionais de saúde, a maioria deles de Cuba, aderiram ao programa. A OPAS/OMS fornece apoio logístico e administrativo para a formação dos novos médicos, realiza monitoramento e avaliação, e faz a compilação e divulgação de lições aprendidas para os países em toda a Região das Américas. Na segunda fase do Programa, lançada no início deste ano, os médicos brasileiros preencheram 4.139 novas vagas. Em meados de 2015, havia 5.274 brasileiros trabalhando no Mais Médicos junto com 11.429 cubanos e 1.537 médicos de outros países.Como resultado do programa, hoje não há um único município brasileiro sem um médico da atenção primária, de acordo com o Ministro da Saúde do Brasil, Arthur Chioro.”Vinte e sete anos depois da criação do Sistema Único de Saúde, nós finalmente garantimos o direito aos cuidados básicos de saúde para todos os brasileiros”, disse Chioro.

Avaliações positivas

Dois órgãos independentes – a Universidade Federal de Minas Gerais e o Tribunal de Contas da União – realizaram avaliações do Programa Mais Médicos, e ambos relataram resultados favoráveis. Um constatou que 94% dos usuários estão satisfeitos com o desempenho dos médicos e 86% dos entrevistados relataram que a qualidade do atendimento melhorou com o Programa. O outro órgão constatou que apesar do número de visitas dos pacientes ter aumentado em 33% e do número de visitas domiciliares em 32%, o tempo de espera dos pacientes caiu 89%.

Para aumentar o número de profissionais na área da saúde, o Brasil prevê a criação de 11.500 vagas em cursos de graduação de medicina. Para a residência médica, que é a especialização profissional em áreas da medicina, serão criadas mais 12.400 vagas. O país também investiu cerca 5,6 bilhões de reais (cerca de US$ 1,8 bilhões) em infraestruturas.

“Esses admiráveis esforços são exemplos para outros países e regiões que aspiram a garantir o acesso universal à saúde e a cobertura universal de saúde”, disse o Representante da OPAS/OMS, Joaquín Molina. “Avançar rumo à saúde universal exige compromisso, investimento e inovação, e o Brasil está mostrando que isso pode ser feito.”

A OPAS, fundada em 1902, é a mais antiga organização internacional de saúde pública no mundo. Funciona com seus países membros para melhorar a saúde e a qualidade de vida dos povos das Américas. A OPAS atua como o Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) na região das Américas.

 

LINKS:

OPAS/OMS Mais Médicos: http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=8114&Itemid=41540&lang=es

 

OPAS/OMS Brasil/ Mais Médicos: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=1274&Itemid=827

 

Vídeos sobre Mais Médicos: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=4520&Itemid=829

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Contactos:  

No Brasil: Gisele Netto, gisele.netto.paho@gmail.com, Tel. +55 21 97122-7573,

Em Washington, D.C.:

Leticia Linn, Tel. + 1 202 974 3440, Móvil +1 202 701 4005, Donna Eberwine-Villagran, eberwind@paho.org, Tel.+1 202 974 3122, Móvil +1 202 316 5469, Sebastián Oliel, oliels@paho.org, Phone +1 202 974 3459, Móvil +1202 316 5679, OPS/OMS – www.paho.org

 

 

Residência Multiprofissional recebe candidatos até 7/10

A Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) está com inscrições abertas até 7 de outubro de 2015. Neste ano, serão destinadas 35 vagas a odontólogos, educadores físicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, assistentes sociais e psicólogos que tenham por objetivo atuar nas Equipes de Saúde da Família e nos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF) visando a melhoria da saúde e o bem estar dos indivíduos, suas famílias e da comunidade. Para se inscrever, o candidato deverá conferir o edital disponível na Plataforma Siga LS.

 A Residência Multiprofissional em Saúde da Família (ano 2016/2018) faz parte da parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ) e o Núcleo do Estado do Rio de Janeiro do Ministério da Saúde (NERJ/RJ). O programa terá dois anos de duração, em tempo integral, com atividades teóricas (20%) e atividades teórico-práticas de formação em serviço (80%).
 De acordo com a pesquisadora Helena Seidl, da Escola de Governo em Saúde da ENSP e coordenadora executiva do curso, a ampliação do número de vagas ofertadas pode trazer novas expectativas e desafios para a coordenação do curso.
“Estamos nos preparando para o 11º processo seletivo de alunos para a Residência Multiprofissional em Saúde da Família. A grande novidade é que aumentamos o número de vagas (de 25, para 35) e foram inseridas duas novas categorias profissionais: farmacêutico e educador físico. Essa inclusão está relacionada com a expansão dos Núcleos de Apoio a Estratégia de Saúde da Família (NASF), no Munícipio do Rio de Janeiro, proporcionando um campo para o desenvolvimento das atividades de prática dos alunos. Com esse aumento de vagas, serão destinadas cinco para cada categoria: enfermeiros, dentistas, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e mais farmacêuticos e educadores físicos. Com essas alterações, a expectativa é que haja um significativo aumento das inscrições. Será que alcançaremos 1000 inscritos? Este será mais um desafio para toda a equipe da coordenação”, almejou.
A formação em serviço, feita sob supervisão de preceptores, é desenvolvida junto às equipes de saúde da família e dos NASF. As atividades teóricas e teórico-práticas são desenvolvidas principalmente nas dependências da ENSP, sendo acompanhadas por docentes e pesquisadores. Tais atividades são estruturadas de forma a possibilitar a problematização da realidade por meio de orientações específicas, seminários, estudos de caso, aulas dialogadas e expositivas e outras formas de ensino.
O resultado final da seleção será divulgado no dia 21/12/2015. O início do ano letivo está previsto para 1/3/2016. A Residência é coordenada pela pesquisadora Maria Alice Pessanha de Carvalho. Compõem a coordenação executiva: Helena Maria Seidl Fonseca, Margareth Rose Gomes Garcia, Márcia Cristina Rodrigues Fausto e José Wellington Gomes de Araújo.
Atenção: com a greve dos Correios, a coordenação abrirá exceção para que os candidatos entreguem a documentação no setor de Protocolo da ENSP. 
Endereço para envio da documentação/outras informações 
Fundação Oswaldo Cruz
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
Serviço de Gestão Acadêmica – SECA
Residência Multiprofissional em Saúde da Família
 Rua Leopoldo Bulhões, 1480 – Térreo 21041-210 – Manguinhos – Rio de Janeiro – RJ
Ligação gratuita: 0800-0230085 Tel.: (21) 2598-2558
Horário de atendimento ao público: 8h às 16h

Abertas as inscrições para a 19ª do exame do título de especialista em MFC

Estão abertas as inscrições para a 19ª edição do Exame de Suficiência para obtenção de Título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade (TEMFC). Inscrições até 18/10/2015

TEMFC: Fortalecimento da Medicina de Família e Comunidade 

Valorização do profissional perante o mercado de trabalho e qualificação para atuar em muitas posições que não seriam possíveis sem a certificação. Estas são apenas duas das inúmeras vantagens para o médico com título de especialista em Medicina de Família e Comunidade. A oportunidade de certificação está sendo oferecida pela SBMFC, com a 19ª edição do Exame de Suficiência para Obtenção de Título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade (TEMFC). As inscrições estão abertas e seguem até 18 de outubro de 2015.
“A Medicina de Família e Comunidade (MFC) tem se fortalecido continuamente nas últimas duas décadas e hoje oferece uma ampla gama de campos de atuação para os especialistas na área que vão desde a atuação na assistência à saúde, na docência médica e também na gestão de serviços de saúde. Nesse sentido, o título de especialista em MFC valoriza o profissional perante o mercado de trabalho e o qualifica para atuação em muitas posições que não seriam possíveis para ele alcançar sem essa certificação. Para além disso, o reconhecimento como especialista médico aumenta o seu prestígio e o de sua especialidade perante os demais profissionais de saúde e frente à sociedade como um todo, e isto é particularmente relevante na Medicina de Família e Comunidade”, afirma o diretor de Titulação e Certificação da SBMFC, Nulvio Lermen Junior.
De acordo com o presidente da SBMFC, Thiago Trindade, a Medicina de Família e Comunidade (MFC) é a especialidade mais procurada atualmente no serviço público e privado, nas contratações e concursos públicos, seja para assistência ou para o ensino. “Entendemos que milhares de colegas no Brasil exercem a medicina de família e atuam na atenção primária à saúde (APS) por anos, mas não são identificados como especialistas em medicina de família e comunidade, por não terem feito a residência ou a titulação na área. Entendemos que a realização do TEMFC é uma excelente oportunidade de ser avaliado por pares e receber uma acreditação pela SBMFC/AMB enquanto especialista em MFC, o que leva a um fortalecimento da identidade do profissional e da sensação de pertencimento ao grupo de médicos de família brasileiros e mundiais”, explica o presidente.

Inscrições

Edital

Grade de Avaliação de Currículo

Anexo 2 – Conteúdo Programático

Anexo 3 – Bibliografia

Una-SUS oferece cursos a distância sobre doenças transmissíveis

Os profissionais de saúde da Atenção Básica que querem se atualizar sobre doenças transmissíveis poderão buscar esta capacitação na plataforma de educação a distância da Universidade Aberta do SUS (Una-SUS), disponível em: http://www.unasus.gov.br/cursos. Os sete cursos oferecidos atualmente são gratuitos, realizados sem tutoria e conferem certificação automática ao final. Os conteúdos dos cursos foram desenvolvidos pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde em parceria com universidades públicas brasileiras.

Entre as ofertas há cursos sobre manejo clínico de febre chikungunya, dengue e influenza, detecção e tratamento da hanseníase na Atenção Básica, vacinação contra HPV e ações de controle da tuberculose. Os materiais didáticos são interativos, intercalando leitura de textos técnico-científicos e exercícios elaborados a partir de casos clínicos interativos, bem como exibição de vídeos.

Além desses cursos, outros estão previstos para abrir em breve: manejo clínico da coinfecção TB-HIV, manejo clínico do HIV na Atenção Básica, manejo clínico da sífilis e outras DST e manejo clínico da malária em região endêmica e não endêmica

Fonte site DAB/MS – http://dab.saude.gov.br/portaldab/

TelessaúdeRS/UFRGS desenvolve aplicativo gratuito para médicos e profissionais da APS

O TelessaúdeRS/UFRGS, projeto da Universidade Federal do Rio Grande do SUL (UFRGS), criou um aplicativo gratuito para apoiar o trabalho de nutricionistas e pacientes que necessitam de necessitam de alimentação controlada. O “Dieta Dash” auxilia na manutenção de uma dieta saudável e na melhor escolha de alimentos para prevenir e controlar a hipertensão arterial sistêmica. As informações foram baseadas nas publicações do Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) do DASH Collaborative Research Group, a melhor orientação nutricional para apoiar o controle da pressão arterial.

O aplicativo avalia refeições com relação aos níveis de sódio, gordura saturada, açúcar e outros fatores que podem dificultar o controle da hipertensão e fornece outras opções para substituir o alimento. O nutricionista pode enviar a avaliação por e-mail para seu paciente e também acessar e enviar pelo aplicativo dicas de refeições saudáveis, receitas e outras orientações como:

  • Ranking de alimentos com alto teor de sódio
  • Alimentos ricos em potássio
  • Como interpretar melhor os rótulos de alimentos
  • Dez passos para uma alimentação saudável e orientações para hipertensos

O Dieta Dash e todos os aplicativos do TelessaúdeRS/UFRGS são públicos e gratuitos. O projeto também possui desenvolveu aplicativos sobre temas como alcoolismo, gestação, risco cardiovascular e taxa de filtração glomerular. Disponíveis para download para o sistema Android. Em breve, serão disponibilizados também para iOS. Aplicativos sobre  outros temas clínicos estão em desenvolvimento, (Asma, Depressão…).

Faça o download do Dieta Dash aqui:

https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.sisqualis.dietadash

Saiba mais no site do TelessaúdeRS/UFRGS http://www.ufrgs.br/telessauders/nossos-servicos/aplicativos-telessauders-ufrgs/aplicativos-telessauders-ufrgs.

Acesse os aplicativos na Google Play e faça o download no link https://play.google.com/store/search?q=telessa%C3%BAders&hl=pt_BR.

Desempenho dos médicos na saúde da família — uma análise a partir dos princípios ordenadores em um município brasileiro

A partir dos princípios ordenadores da atenção primária (AP), definidos por Starfield, o presente artigo analisa em que medida o desempenho dos médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF) contribui para a consolidação de tais princípios. Trata-se de um estudo descritivo, no qual foram utilizados indicadores de desempenho, desdobrados a partir dos seis princípios ordenadores da ESF, a fim de mensurar o desempenho destes profissionais no município de Belo Horizonte. Os resultados encontrados, em geral, indicaram que o desempenho do médico da família favorece o cumprimento dos princípios ordenadores. Consoante com a literatura, os resultados da análise de regressão múltipla demonstraram que o desempenho da equipe de saúde influencia o desempenho do médico, o que reforça a importância da adoção de modelos de avaliação de performance médica que considerem múltiplos determinantes.

Autores: Viviane Aparecida Alvares da Silva, Allan Claudius Queiroz Barbosa, Thiago Augusto Hernandes Rocha

Leia artigo – artigoMG

Artigo publicado na  revista de Adm pública FGV

http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/view/54981

Região e Redes entrevista integrante do comitê coordenador da Rede APS

A pesquisadora Ligia Giovanella da ENSP/Fiocruz ,também integrante do comitê coordenador da Rede de Pesquisa em APS , concedeu entrevista ao portal da Região e Redes ( http://www.resbr.net.br/) e falou sobre os desafios da Atenção Primária. Reproduzimos abaixo a entrevista.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A regionalização está avançando no Brasil, mas ainda muito lentamente. É o que afirma a pesquisadora da ENSP/Fiocruz, Ligia Giovanella, em entrevista à Região e Redes. Um desafio importante para acelerar o processo é encontrar uma forma efetiva de cogestão entre estados e municípios.  Outro, é colocar os gestores municipais para pensarem juntos, de um modo mais cooperativo e operativo, a oferta e a organização de serviços em saúde. Segundo ela, isso melhorará a oferta pública de serviços de saúde que no Brasil é muito privatizada: 65% dos leitos hoje são particulares.

Região e Redes – Quais mudanças significativas são esperadas do processo de regionalização da saúde?

Ligia Giovanella – O processo de descentralização do SUS, com base na municipalização, produziu uma importante fragmentação do sistema de serviços de saúde e ergueu obstáculos para atenção integral das necessidades de saúde da população brasileira. Hoje, mais de 70% dos municípios brasileiros têm menos de 20 mil habitantes. Isso exige uma articulação intermunicipal para a garantia do acesso.

Nesse ambiente, a constituição de regiões de saúde é imprescindível para promover um uso mais eficiente dos recursos e contribuir para a melhor qualidade da atenção ao reduzir a fragmentação assistencial e promover a continuidade do cuidado. Por outro lado, a regionalização reduz desigualdades geográficas no acesso a serviços de saúde, permitindo maior equidade na alocação dos recursos.

A conformação de redes de atenção com abrangência territorial e população definida possibilita uma melhor organização do sistema de saúde como um todo.

RR – A constituição de regiões de saúde tem contribuído para a redução das desigualdades em saúde?

LG – A constituição de redes regionalizadas de atenção à saúde no SUS, certamente, promove a redução das desigualdades geográficas no acesso a ações e serviços de saúde. Todavia, para se efetivar essa redução, se fazem necessários investimentos importantes em infraestrutura que permita ofertar serviços conforme a necessidade das populações das regiões de saúde.

É importante lembrar que as desigualdades em saúde transcendem as dificuldades de acesso a serviços de saúde, porque as desigualdades no adoecer e sofrer têm determinações sociais mais amplas e abrangentes e implicam intervenções intersetoriais relacionadas com condição de vida e de trabalho das pessoas. Os serviços de saúde são apenas um dos determinantes de saúde da população.

RR – Como se relacionam a conformação de redes de atenção à saúde e a regionalização? Porque esses temas são discutidos sempre conjuntamente?

LG – Na dimensão de Atenção Primária à Saúde (APS), no âmbito da pesquisa Região e Redes, nós temos empregado o termo redes regionalizadas de atenção à saúde. Ou seja, a regionalização é a base para a conformação de uma rede de atenção. A alocação de recursos nessas redes deve ser orientada pelas necessidades regionais de saúde. Por isso, pensamos sempre em redes regionalizadas. Entendemos que a rede deve ser ordenada a partir da APS e que os cuidados devem ser coordenados pela equipe de APS.

RR – Atualmente, quais são os limites e desafios do planejamento e gestão regional no Brasil?

LG – A regionalização está em processo, mas avança ainda muito lentamente. A principal dificuldade está no desenvolvimento de arranjos cooperativos de governança regional, que tem como barreira um federalismo configurado por uma polarização entre o nível federal, o Ministério da Saúde e os municípios. Um desafio importante é encontrar uma forma efetiva de cogestão entre estados e municípios. É preciso encontrar esse lugar ótimo, em que o estado tenha a responsabilidade de fazer um SUS estadual, de base regional em cooperação com os municípios.

Outro desafio é colocar os gestores municipais para pensar juntos a oferta e a organização de serviços em saúde de modo mais cooperativo e operativo na região de saúde. Fazer um planejamento regional, que atenda às necessidades das pessoas em curto, médio e longo prazo. Isso significa também melhorar a oferta pública de serviços de saúde, visto que a oferta de serviços no Brasil é muito privatizada. Por exemplo, hoje, 65% dos leitos são privados no Brasil. Na Espanha, que tem um serviço nacional de saúde, 83% dos leitos são públicos. Na Inglaterra, ainda que com novas formas de gestão, cerca de 90% dos leitos são públicos.

A privatização dos serviços de saúde no Brasil é ainda mais intensa no setor de diagnose e terapia do que no setor hospitalar. Por exemplo, se temos cerca de três mil tomógrafos no país, 87% deles são privados e somente 38% são disponíveis para o SUS.

Veja, por exemplo, o caso da terapia renal substitutiva: as hemodiálises são 95% pagas pelo SUS e feitas predominantemente pelo setor privado, que faz a hemodiálise porque recebe bem, mas não oferece consulta de nefrologia… Assim, o cuidado fica sem qualidade por predomínio dos interesses de mercado. Isso tudo mostra que, de fato, há necessidade de investimentos em infraestrutura de serviços públicos de saúde, com base regional e regulação do setor privado.

Este é outro ponto fraco: a falta de regulação do setor privado e da relação público-privado. No Uruguai, por exemplo, nem todos os serviços são públicos, mas há um controle público sobre a oferta de serviços privados. A expansão da oferta privada só é autorizada se estiver dentro de um planejamento mais geral do sistema de saúde.

RR – Em um cenário de contínuo subfinanciamento, a atenção primária tem potencial para contribuir com a gestão da saúde e a otimização de recursos. Os gestores, de modo geral, já entenderam a importância de se ter uma Atenção Primária à Saúde (APS) efetiva e resolutiva?

LG – Na última década houve uma ampliação importante dos recursos para a atenção básica, ainda que os recursos para o SUS permaneçam insuficientes. O número de equipes de saúde da família tem crescido de forma contínua, ultimamente fortalecido pelo programa Mais Médicos. São, hoje, cerca de 39 mil equipes em todo o Brasil. Mas, ainda assim a insuficiência de recursos para o SUS produz uma atenção primária que nem sempre está integrada à rede assistencial especializada e hospitalar. E isso faz com que em muitos lugares a APS se constitua basicamente em um programa focalizado e seletivo, com uma oferta restrita de serviços e voltado para a população mais pobre.

Mas esse não é um problema só da atenção primária; é um problema do SUS. A ideia de uma rede organizada na região é tentar superar essa fragmentação com uma rede regional de atenção à saúde que tenha como base uma atenção primária forte, com profissionais bem formados e que exerçam a coordenação do cuidado integral.

RR – É possível um sistema universal e integral, de fato, em um país com mais de 200 milhões de habitantes, sem que seus governantes e gestores de saúde pensem adequadamente a questão da regionalização e o papel da APS nesta rede?

LG – Definitivamente, não é! Há evidências que um sistema universal deve ser orientado pela atenção primária, pois quando bem estruturada, como um serviço de primeiro nível resolutivo, integrado a uma rede de serviços de saúde, impacta positivamente nos indicadores de situação de saúde e produz aumento da eficiência e da qualidade do sistema como um todo.

A atenção primária não é barata, mas é a forma mais eficiente de alocação de recursos, reconhecida internacionalmente. Após o aumento dos investimentos e a expansão das equipes de saúde da família no sistema público brasileiro, o SUS, estudos já mostram a efetividade, por exemplo, na redução da mortalidade infantil e da mortalidade por doenças cardíacas e cerebrovasculares, e na redução das internações por condições sensíveis à APS.

 

Retratos da Atenção Básica: publicado volume sobre Gestão da AB

Já está disponível o segundo número dos Retratos da Atenção Básica, que traz o relatório sobre o tema Gestão da Atenção Básica.

Esse número apresenta os resultados da coleta de dados da terceira etapa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), que consiste na Avaliação Externa. No primeiro ciclo do programa, 38.812 unidades básicas de saúde (UBS) com Atenção Básica foram visitadas e avaliadas.

A publicação está dividida em três volumes:

• O primeiro volume trata das características das UBS, com informações sobre funcionamento da unidade de saúde, estrutura, ambiência, reforma e ampliação, além de informatização, conectividade e telessaúde.

• O segundo volume refere-se à disposição de insumos e medicamentos nas UBS, detalhando os equipamentos, materiais, insumos, impressos e veículos disponíveis na unidade de saúde; os medicamentos do componente básico da Assistência Farmacêutica; imunobiológicos e testes rápidos.

• O terceiro volume, com foco nas ações da gestão para qualificação das equipes, traz informações sobre apoio institucional e apoio matricial para as equipes de Atenção Básica; educação permanente; qualificação dos profissionais da equipe de Atenção Básica; gestão do trabalho, que trata da garantia de direitos trabalhistas e previdenciários, bem como da perspectiva de continuidade do vínculo; plano de carreira e remuneração variável.

Retratos da Atenção Básica
Por meio dos Retratos da Atenção Básica, o DAB torna públicos os resultados do primeiro ciclo do PMAQ, a partir de um conjunto de relatórios temáticos, com base na avaliação das equipes no programa.

A avaliação externa contou com a parceria de 45 instituições de ensino e pesquisa (IEPs) brasileiras de reconhecida experiência em pesquisas avaliativas. Foram realizadas 65.391 entrevistas com cidadãos brasileiros que utilizam os serviços de saúde ofertados pelas equipes de Atenção Básica e avaliadas 17.482 equipes de saúde do Brasil que aderiram ao primeiro ciclo do programa, que teve início em 2011 e foi concluído em 2012.

A publicação dos relatórios faz parte das ações do MS para promover a transparência dos resultados alcançados. Dessa forma, pretende-se garantir a participação e o controle social, ao considerar a responsabilidade sanitária dos trabalhadores e gestores de saúde com a melhoria das condições de saúde e a satisfação dos usuários e permitir o acompanhamento das ações e resultados do PMAQ pela sociedade.

A ideia é que o material possa auxiliar e subsidiar gestores e trabalhadores da Saúde no planejamento de ações e nas reflexões de seus processos de trabalho. Dessa forma, a intenção é contribuir para o fortalecimento da Atenção Básica, no seu papel protagonista de produção e gestão do cuidado integral em rede, impactando positivamente na vida das pessoas.

A divulgação dos resultados do PMAQ-AB iniciou com a disponibilização dos relatórios descritivos, que trazem os resultados do primeiro e do segundo ciclos do programa e podem ser acessados no Portal do Gestor do DAB. Também estão disponíveis, no site do DAB, os microdados do primeiro ciclo do PMAQ, com os resultados de todas as variáveis avaliadas no instrumento de avaliação externa.