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Arquivo Diário 28 de abril de 2015

Revista Saúde em Debate

O Cebes convoca o conjunto dos militantes da saúde a participar ativamente das conferências, em todos  os níveis, debatendo os temas cruciais para efetivar o direito à saúde, que somente avançará com a consolidação do SUS. Nessas Conferências, devemos aprovar propostas e diretrizes que  obriguem os governos e representantes políticos a passarem do discurso à prática, colocando a saúde no centro da agenda política e do projeto de desenvolvimento do País.

Leia revista – saudeemdebate

Fiocruz lança edital de pesquisa para Políticas Públicas e Modelos de Atenção à Saúde

A Presidência da Fiocruz lançou o edital de pesquisa para Políticas Públicas e Modelos de Atenção à Saúde.  Serão contemplados Projetos de Pesquisa Aplicada na área de Políticas Públicas, Modelos de Atenção e Gestão de Sistema e Serviços de Saúde para o SUS, para os temas Atenção Primária de Saúde (APS) e Institutos Nacionais de Saúde da Fiocruz. Em ambos os temas, os projetos deverão propor soluções inovadoras para melhorar o acesso a ações e serviços do SUS. Os projetos terão dois anos para execução dos recursos.

O edital estimula a parceria dos pesquisadores da Fiocruz com instituições de prestação de serviços de saúde e de gestão no âmbito do SUS ou da administração pública, bem como com pesquisadores e instituições de ensino e pesquisa externos à Fiocruz, visando incentivar a articulação interinstitucional na construção do problema em conjunto com o público-alvo da pesquisa e facilitar a aplicabilidade das soluções desenvolvidas pelas pesquisas.

O prazo final para submissão de projetos de pesquisa é 13 de maio.

Leia edital – edital_pma2015

Mais informações pelos telefones: (21) 3885-1618 / 3885-1891.

A assistência ao indivíduo com problemas relacionados ao uso de álcool e drogas ilícitas na ESF

O uso nocivo e dependência de álcool e drogas ilícitas e suas consequências para o indivíduo, sua família e comunidade constituem um problema complexo, com grande prevalência e impacto na saúde. Estudos indicam que o envolvimento de serviços de atenção primária no cuidado prestado a essa população aumenta a qualidade do mesmo, sendo, portanto, recomendada sua participação ativa e integrada com serviços especializados. Embora tal recomendação figure em políticas públicas, há evidências da existência de uma lacuna assistencial importante nesse contexto. Este estudo teve como objetivo descrever a participação de equipes de saúde da família da área programática 3.1, no Rio de Janeiro, na assistência ao usuário abusivo ou dependente de álcool e drogas ilícitas. Através de pesquisa em cadastros familiares e prontuários, foram encontrados 129 indivíduos assinalados como portadores das condições estudadas em dois anos de acompanhamento, com prevalência de 0,14% na população acima de dez anos de idade adscrita às equipes. Percebeu-se uma baixa taxa de identificação e registro da condição pelas equipes quando comparada a dados existentes na literatura. Notou-se baixa frequência e sistematização da abordagem e do acompanhamento destes indivíduos pelos profissionais, não havendo menção a nenhuma destas ações em 68,2% dos registros, e baixo uso de recursos para o cuidado a estes indivíduos, como a recorrência ao suporte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (1,55% dos casos) e a outros níveis de atenção à saúde (8,5% dos casos). Atenta-se à necessidade de potencializar o trabalho das equipes de saúde da família em ações de detecção, assistência e coordenação relativas à condição estudada.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Saúde da Família, Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias.

Autor: Leonardo Graever

Leia estudos – usoalcooledrogas

Tuberculose na rocinha: Análise de indicadores epidemiológicos e operacionais após a cobertura de 100% da estratégia de SF

A tuberculose ainda representa um grave problema de Saúde Pública, apesar de todos os esforços realizados para o seu controle. No Brasil, uma grande expectativa se coloca diante da possibilidade da descentralização da atenção aos pacientes com tuberculose para a Atenção Primária à Saúde, notadamente através da Estratégia de Saúde da Família e do Programa de Agentes Comunitários de Saúde. No município do Rio de Janeiro, a ampliação da cobertura da Estratégia de Saúde da Família vem sendo realizada desde 2009. Em 2010, a Rocinha, uma das maiores favelas do Brasil, localizada neste município, recebeu 25 equipes de Saúde da Família, reabsorvendo os agentes comunitários de saúde e enfermeiros que trabalhavam no Programa de
Agentes Comunitários de Saúde local, exclusivamente voltado para o controle da tuberculose. Realizou-se o estudo de uma coorte de casos de tuberculose de moradores da Rocinha, notificados entre janeiro de 2010 a dezembro de 2012, com o objetivo de calcular e analisar as tendências de indicadores epidemiológicos e operacionais do controle da doença, após a implantação de 100% da Estratégia de Saúde da Família nesta comunidade. As fontes de dados utilizadas foram o Sistema de Informação de Agravos de Notificação e o Sistema de Informações de Mortalidade, ambos obtidos junto à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. As informações populacionais tiveram como fonte o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e estimativas populacionais do Instituto Pereira Passos. Os dados foram tabulados
com auxílio do Tabwin e analisados utilizando os pacotes estatísticos STATA 11.2 e EpiInfo 7. Os resultados demonstraram que as equipes passaram a notificar prontamente os casos. A proporção de cura de casos novos bacilíferos obtida foi de 78,5%, 75,9% nos anos de 2010 e 2011, com 19,1% de encerramentos ignorados em 2012, até o momento. Neste grupo, o abandono foi de 11,1% e 10,2% em 2010 e 2011, respectivamente.

Palavras-chave: Tuberculose; Indicadores epidemiológicos e operacionais; Estratégia de Saúde da Família.

Autor: Patrícia Barbosa Peixoto Durovni

Leia estudo –tuberculosenarocinha

 

Monitoramento do desempenho dos serviços farmacêuticos na APS: buscando a qualificação da gestão

Objetivo: Construir um sistema de monitoramento do desempenho dos serviços farmacêuticos (SEFAR) no âmbito da estratégia de saúde da família no município do Rio de Janeiro, visando disponibilizar informações úteis para subsidiar os gestores na tomada de decisões oportunas para melhoria desses serviços.
Metodologia: Realizado estudo de Avaliabilidade que incluiu a caracterização das etapas de construção do sistema de monitoramento com foco na utilidade e oportunidade. Realizada pesquisa documental e entrevista com atores chave para identificação dos objetivos e metas da Assistência Farmacêutica. A coleta e análise de dados subsidiou a construção do modelo lógico da intervenção, que juntamente com o modelo canadense de desempenho e a matriz de monitoramento utilizada pela Secretaria Municipal de Saúde para controle dos contratos de gestão com as organizações sociais de saúde foram utilizados para elaboração da matriz de monitoramento do desempenho da intervenção. Esta matriz utilizou como dimensões de desempenho a acessibilidade, adequação, competência, continuidade e segurança.
Resultado: Com base na pesquisa documental, definiu-se como objetivo dos SEFAR na APS facilitar o acesso a medicamentos e seu uso racional. A identificação dos envolvidos e interessados na intervenção considerou, além dos entrevistados outros atores, como coordenadores de área de planejamento, gerentes de unidades de saúde, farmacêuticos e usuários. O modelo lógico priorizou o desenvolvimento de atividades voltadas para o cuidado com o usuários, famílias, equipes de saúde e comunidade, e foi elaborado considerando duas células operacionais: gestão técnica do medicamento e gestão do cuidado. Na matriz de monitoramento do desempenho dos SEFAR foram propostos 44 indicadores com respectivos fórmula de cálculo, fonte de verificação, periodicidade de coleta, responsabilidade e meta.
Conclusão: Foi construído sistema de monitoramento do desempenho dos SEFAR na ESF no MRJ.

Palavras-chave: Monitoramento; Desempenho; Serviços Farmacêuticos; Atenção Primária à Saúde.

Autor: Nathália Cano Pereira

Leia estudo: servicosfarmaceuticos

Estudo dos Programas de Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade: a questão da preceptoria

Este trabalho aborda a prática de preceptoria nos Programas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (PRMMFC) do Rio de Janeiro. Em 2012 foi iniciada nestes programas uma nova organização do processo de trabalho do residente e do preceptor. O residente passou a assumir, sob supervisão, as atribuições de médico da equipe de saúde da família, e o preceptor diminuiu suas atividades assistenciais para ampliar sua responsabilidade pelo processo de ensino-aprendizagem dos residentes. O objetivo principal deste trabalho foi realizar um estudo descritivo da preceptoria nestes programas, com base na percepção do preceptor sobre a sua agenda de trabalho e sobre as suas atribuições. Realizou-se um estudo exploratório-descritivo, com uma abordagem quanti e qualitativa; foram utilizadas as técnicas de grupo focal e aplicação de questionário com perguntas fechadas para construção do perfil geral dos preceptores. A análise dos dados foi realizada através da análise de conteúdo, tecendo-se uma relação com as referências da literatura. Foram realizados três grupos focais com presença de 15 preceptores dos 4 diferentes PRMMFC do RJ. Observa-se que a agenda de trabalho do preceptor ainda é pouco estruturada, ficando sujeito a presença de várias demandas externas à atividade de formação. Na agenda de trabalho do preceptor, além das atividades de formação e acompanhamento do residente, são identificadas atividades de gestão do serviço e atividades referentes à responsabilidade técnica. Os preceptores acabam também assumindo a responsabilidade por atendimentos médicos, assumindo um lugar de suporte ao residente e ao serviço de saúde como um todo. Na relação com o residente, a supervisão do atendimento clínico individual é destacada como a atividade central da preceptoria. Em relação às atribuições necessárias para a preceptoria, observa-se ainda uma falta de apropriação conceitual em relação à discussão pedagógica, apesar de identificarem-se experiências de metodologias ativas de ensino-aprendizagem. A questão de ser uma referência técnica, com competência profissional na especialidade, é assumida pelos preceptores como uma atribuição, ao mesmo tempo em que são críticos a idéia de terminalidade na formação profissional. Identifica-se uma dificuldade de compreensão em relação à responsabilidade pela formação ética do residente, existindo dúvidas entre os preceptores sobre a sua importância e a sua relação com o processo educativo do aprendiz.

Palavras-Chave: Internato e Residência; Tutoria; Educação Médica; Medicina de Família e Comunidade.

Autor: Maria Alicia Castells

Leia estudo: residenciaprecptoria

Residência em Medicina de Família e Comunidade: dois programas brasileiros

Este estudo é um relato de minha experiência como pesquisador em dois Programas de
Residência em Medicina de Família e Comunidade (PRMFC): um no Serviço de Saúde
Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e outro na Secretaria Municipal de
Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SMSDC-RJ), tendo como metodologia a
análise crítica comparativa. Os PRMFCs estão intimamente ligados a um projeto de
formação em medicina para a construção da atenção primária em saúde no Brasil, tendo em vista que somente cerca de 10% dos médicos atuantes na atenção primária em saúde têm formação específica em MFC. Frutos de contextos históricos e políticos distintos; ambos os programas apresentam contribuições significativas em suas propostas de formação. O modelo SSC-GHC apresenta campo de ensino estruturado e consistente – na convivência com residência multiprofissional e em espaços de ensino consolidados – construído ao longo dos anos de existência. O modelo SMSDC-RJ demonstra caráter construtivo, mola fundamental para expansão da Atenção Primária em Saúde no Rio de Janeiro: seu campo de ensino está em formação, em que há forte viés assistencial – fundamental para a população e para os médicos residentes. Ambos os programas ainda não apresentam objetivos específicos de ensino, como competências e habilidades a serem adquiridas pelos médicos em formação; mas são aqui descritos como possível inspiração para outros PRMFCs em expansão no país.

Palavras-chave: Medicina de família e comunidade; residência médica; educação e
saúde; atenção primária em saúde.

Autor: Pedro de Gales Perpétuo Rocha Pitta Sampaio

Leia estudo – residencia2programas

A coordenação da atenção ao pré-natal e ao parto por equipes de Saúde da Família no município do RJ

O município do Rio de Janeiro, apesar da ampla cobertura da assistência pré-natal e de
partos hospitalares, apresenta incidência elevada de desfechos perinatais desfavoráveis e evitáveis. Por muito tempo, o município foi reconhecido pelo baixo investimento em
serviços de Atenção Primária à Saúde e pela precária integração entre a assistência ao
pré-natal e ao parto. O Programa Cegonha Carioca, lançado em 2010, fundamenta-se na organização da rede de atenção ao pré-natal e ao parto para a redução da morbimortalidade materna e infantil. Aliada ao programa, a expansão da cobertura
populacional pela Estratégia de Saúde da Família ocorrida a partir de 2009 torna o
cenário do município favorável à reversão dos maus resultados observados. O presente
estudo teve como objetivo descrever aspectos relacionados à coordenação da atenção ao
pré-natal e ao parto pelas equipes de Saúde da Família da Área Programática 3.1 do
município do Rio de Janeiro. Foram entrevistadas 187 puérperas residentes em áreas
cobertas pela ESF, representando as gestantes que pariram no mês de abril de 2013, a
fim de se investigar a cobertura da assistência pré-natal pelas equipes, a utilização da
rede de referências pactuada pelo Programa Cegonha Carioca, o fluxo de informações
entre os serviços de pré-natal e parto, através do preenchimento do cartão da gestante, e
a avaliação pelas puérperas da integração entre os serviços, utilizando instrumento
adaptado a partir do PCATool-Brasil. Os resultados encontrados sugerem avanço
considerável na consolidação de uma rede integrada de serviços; porém, evidenciam a
manutenção de falhas importantes na comunicação entre os níveis assistenciais. Outras situações prejudiciais à coordenação da atenção pela ESF identificadas com menor frequência foram as barreiras de acesso ao atendimento e a persistência do acesso direto ao especialista. Recomenda-se a superação dos problemas identificados para a potencialização da atuação da ESF como coordenadora do cuidado à gestante.

Palavras-chave: Assistência à Saúde, Atenção Primária à Saúde, Estratégia Saúde

Autor: Melanie Noël Maia

Leia estudo –prenatal