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Arquivo Mensal fevereiro 2015

Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro investe em APS e Medicina de Família

No próximo dia 7 de março, será realizada a cerimônia de formatura da segunda turma de residência médica em Medicina de Família e Comunidade da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Criada em 2011, a residência em Medicina de Família tem no programa o enfoque prioritariamente clínico, em que os médicos residentes são treinados para realizar uma carteira de saúde abrangente, com acesso e resolutividade no manejo das questões mais prevalentes na Atenção Primária.

O programa de residência do município do Rio já recebeu residentes de 14 estados do Brasil, além de intercambistas de outros países como Canadá, Letônia, Portugal e Espanha. O crescimento no interesse de jovens médicos na residência em Medicina de Família e Comunidade tem colaborado de forma relevante com o município do Rio de Janeiro a alcançar a meta de reforma e ampliação da rede de Atenção Primária. De 3,5% em 2009, a cobertura de saúde da família da população carioca chega hoje a 47%.

O município conta com o maior programa de residência do país, representando um terço dos residentes de Medicina de Família e Comunidade. Todos os egressos do programa têm a possibilidade de serem absorvidos pelas unidades da rede de Atenção Primária do Município. Hoje, 80% dos egressos ficam na rede municipal.

Fonte site -http://www.rio.rj.gov.br/web/sms

Pesquisa sobre saúde bucal adolescente é destaque na imprensa

O dentista Humberto Luís Candêo Fontanini, mestre pela ENSP em 2011, conclui uma pesquisa que mostra a relação de determinantes sociais com o surgimento de cáries em adolescentes. O estudo foi feito na cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul e foi destaque na imprensa local. Falta de informação e de estrutura familiar estão entre os motivos que levam 55,2 % de um grupo de 542 estudantes de escolas públicas da cidade a terem pelo menos um dente atacado por cárie. Veja mais detalhes abaixo, na reportagem que foi publicada no jornal Dourados Agora.

Pesquisa realizada pelo dentista Humberto Luís Candêo Fontanini revela que 55,2% de um público de 542 estudantes de 18 escolas públicas da área urbana de Dourados apresentam pelo menos um dente atacado por cárie. A coleta de dados realizada em 2011 serviu como base de estudo da dissertação de mestrado de Humberto, pela Fiocruz.

Em novembro passado Humberto publicou artigo científico na revista britânica “Community Dentistry and Oral Epidemiology”, descrevendo a realidade da saúde bucal dos 542 estudantes na faixa etária de 12 e 14 anos de idade em Dourados. O periódico internacional é um importante meio de divulgação de pesquisas para a classe da área odontológica.

De acordo com Humberto Fontanini, que em Dourados atua em clínica particular e na rede pública de saúde bucal, o objetivo do estudo foi a investigação da associação entre determinantes sociais intermediários (rede e apoio social) com cárie dental em adolescentes da cidade de Dourados no ano de 2012. Os alunos da pesquisa, segundo ele, foram escolhidos por critério de sorteio.

Os adolescentes com baixos níveis de apoio e rede social (aqueles que não têm acesso a informação e possuem desestrutura familiar) apresentaram um índice de cárie maior. No trabalho, o pesquisador analisou, também, uma série de características socioeconômicas, incluindo principalmente renda, escolaridade e condições de moradia, e hábitos, como escovação dentária, uso de flúor e uso de serviços de saúde, como os principais determinantes das condições bucais nos adolescentes.

A média de idade dos adolescentes na pesquisa foi de 13 anos e 50,6% eram do sexo masculino. A raça/cor da pele predominante foi a parda (60,5%). A maioria dos participantes relatou escovar os dentes 3 vezes ou mais por dia (54,8%), sendo que 5 adolescentes informaram não escovar os dentes. Cerca de 2,8% afirmaram fumar ou ter fumado alguma vez na vida. E sobre a ingestão de biscoitos e guloseimas, 41% e 36,2% informaram comer de 1 a 3 dias por semana, respectivamente.

As mães dos estudantes também responderam a um questionário para melhor conhecer o perfil dos 542 estudantes que foram avaliados por meio de entrevista e de consulta através de exame bucal. Segundo a pesquisa, a média de idade das mães responsáveis pelos filhos foi de 39,4 e a maioria declarou ser de cor da pele parda (58,9%). Houve um predomínio de responsáveis com 9 anos ou mais de estudo, com renda familiar de 1 a 4 salários mínimos (76,0%) e com residência própria (77,3%).

Dos adolescentes pesquisados, 94,1% relataram já ter ido alguma vez ao dentista. Destes, 69% visitaram o dentista em menos de um ano e 74,4% utilizaram o serviço público de saúde, sendo o tratamento odontológico o motivo predominante (77,1%). Ainda foi reportado por 63,5% dos adolescentes não existir consultório em suas escolas.

Humberto Fontanini já esperava que grande parte dos estudantes poderiam apresentar cárie. Para ele, se as escolas tivessem dentistas essa realidade seria bem diferente. “Percebi que muitos desses adolescentes só procuram um dentista após serem influenciados, seja pelos pais, parente ou amigo”, diz o pesquisador. No entanto, o grupo de pessoas ao redor desse adolescente, chamado de rede social, nem sempre pode ser visto como estrutura social, quando não oferece apoio necessário ao adolescente. Segundo Humberto Fontanini, as relações sociais atuam como determinantes da saúde bucal em adolescentes através das influências dos diferentes grupos sociais que estão inseridos, como a família e a escola.

A convivência dos adolescentes com estes grupos é um dos principais fatores que molda seus comportamentos, que tenderão a se estabelecer ao final da adolescência e, em geral, se mantém ao longo da vida adulta. E que muitos dos hábitos e comportamentos adquiridos neste período da vida afetam a saúde bucal e podem favorecer a prevenção de doenças e agravos bucais, pois se associam à melhor qualidade de vida, como dieta adequada, exercícios físicos e cuidados com a saúde. Por outro lado, as relações sociais podem afetar a saúde bucal de modo desfavorável pela adoção de hábitos não saudáveis como a maior ingestão de açúcar, tabagismo e alcoolismo.

No caso de Dourados, segundo ele, as condições de ataque de doença cárie foram semelhantes ao perfil epidemiológico no Brasil segundo o último inquérito nacional de saúde bucal. “A caracterização das condições bucais na cidade pode representar o início de estratégias de vigilância em saúde bucal para monitorar a evolução destes agravos, e assim, servirem como instrumento de avaliação das ações de controle e redução das doenças bucais”, explica.

Diante destes resultados, o pesquisador chama a atenção para a necessidade de políticas intersetoriais envolvendo as áreas da educação, serviço social e saúde. Além disso, estratégias que atuem no reforço e aumento das redes sociais e fortaleçam o apoio social aos adolescentes também tem grande potencial em efeito de redução das principais doenças bucais e, por consequência, os impactos gerados por elas nas atividades diárias e na qualidade de vida dos adolescentes.

Fonte site ENSP – http://www.ensp.fiocruz.br/

Curso Hanseníase na Atenção Básica é iniciado

A Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) iniciou o curso Hanseníase na Atenção Básica. A partir do dia 10 de fevereiro, os profissionais já matriculados no curso poderão ter acesso livre aos conteúdos educacionais. Novas inscrições poderão ser feitas até 30 de março, pelo site: http://unasus.gov.br/hanseniase.

O curso, produzido pela Secretaria Executiva da UNA-SUS, é uma iniciativa da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), em parceria com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS). Ao total, mais de 2.843 profissionais se inscreveram.

O curso corrobora com a campanha publicitária lançada pelo Ministério da Saúde em 21 de janeiro.  “O Brasil pode eliminar a hanseníase, mesmo que seja uma doença negligenciada. Temos estratégias para isso”, disse o ministro Arthur Chioro, durante coletiva de imprensa de lançamento da campanha.

Chioro afirmou ainda que a doença pode e deve ser identificada na Atenção Básica e que a educação continuada dos trabalhadores da saúde é fundamental para o sucesso no diagnóstico. “É preciso que o profissional pense que [os sintomas do paciente] pode ser hanseníase (…) Para isso, é preciso estar alerta”, declarou.

Nesse sentido, o curso Hanseníase na Atenção Básica tem como tem como objetivo preparar esses profissionais para atuarem no controle da transmissão da hanseníase e diminuir as incapacidades causadas pela doença. Para tanto, o conteúdo apresentado ressalta a importância do diagnóstico oportuno e do efetivo controle de contatos. No sentido de tornar a aprendizagem mais dinâmica e envolvente, são utilizados diversos recursos educacionais para promover o aprendizado.

Além dos casos clínicos e dos quizzes – bastante utilizados nos cursos oferecidos pela UNA-SUS -, o curso conta com vídeo-aulas com explicações de especialistas no tema. Também foram produzidas dramatizações, que servem como vídeos de apoio às explicações das vídeo-aulas. Dessa forma, os conteúdos de diferentes recursos se interagem, reforçando os conhecimentos do aluno.  Além disso, são utilizados hipertextos, caixas de ajuda e glossário para aprofundar os conhecimentos de termos técnicos.

“É importante ressaltar que a hanseníase pode ser controlada na Atenção Básica. Nesse sentido, o curso propõe soluções e ações factíveis para o cuidado nesse nível de atenção, com os recursos disponíveis”, afirma a designer educacional da Secretaria Executiva da UNA-SUS, Bárbara Menezes.

O curso é dividido em três unidades: vigilância; diagnóstico e acompanhamento da hanseníase na Atenção Básica. Os casos clínicos são transversais, abrangendo e integrando os três aspectos do controle da doença.

Leia mais: Ministro ressalta a importância do diagnóstico precoce e da hanseníase e afirma que doença pode ser erradicada

SERVIÇO:

Curso Hanseníase na Atenção Básica

Inscrições:  O período para inscrições está aberto até 30 de março de 2015. Para se matricular, clique aqui.

Público-alvo: profissionais de saúde de nível superior que atuam na Atenção Básica em todo território nacional.

Carga horária: 45 horas.

Vagas: Serão disponibilizadas 5 mil vagas para profissionais de todo Brasil.

 

Fortalecimento do Ensino no SUS é tema de Fórum

A Associação Brasileira de Educação Médica – Regional São Paulo realiza, em 28 de fevereiro, o Fórum “Fortalecimento do Ensino no SUS”. O encontro acontece na Faculdade De Medicina De Botucatu – FMB/Unesp. O público-alvo é composto por docentes, discentes, médicos e profissionais da saúde.

Confira a programação:

9:00: Abertura

9:30: “Ensino na Atenção Básica, nas Redes de Atenção, na Comunidade e as Políticas Indutoras Governamentais” – Profa. Dra. Eliana Goldfarb Cyrino (UNESP e SGTES)

10:15: “Como Será a Regulação da Relação Escola/Serviço de Saúde/Município?”- Profa. Dra. Marcia Sakai (UEL e ABEM)

10:45: Primeiro Debate

11:30: Almoço

13:20: “Percepções do Discente do Ensino no SUS” – Ac. Ugo Caramori (PUC-SP) e Ac. Marina Barbosa (UNESP)

14:10: “Avaliação do Estudante na Comunidade” – Profa. Ana Claudia Germani (USP- SP)

15:00: Segundo Debate

15:30: Reunião Ordinária da ABEM – Regional São Paulo

 

17:00: Encerramento

II International Meeting on Mindfulness

O II International Meeting on Mindfulness juntamente com o III Brazilian Meeting on Mindfulness and Health Promotion , será realizada em São Paulo entre os dias 24 a 27 junho de 2015.

Organização:

Apoio: 

Visite o site e participe – http://mindfulnessmeeting.com/

Congresso Iberoamericano de Medicina Familiar e Comunitária (MFC)

A quarta edição do Congresso Iberoamericano de Medicina de Família e Comunidade acontecerá  entre os dias 18 e 21 de março de 2015, em Montevideu, no Uruguai.

Além das discussões científicas e do compartilhamento de experiências, o congresso visa fortalecer a identidade latina da MFC, com equipes de saúde reconhecidas e valorizadas.

Integrantes  de 26 países estarão presentes  participando do desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (APS) e da especialidade em Medicina de Família e Comunidade, interessados no processo de ensinar e aprender  a clínica e o modo de fazer APS e MFC, trocando informações e compartilhando as ricas experiências desenvolvidas na região e fora dela.

Também serão pensadas estratégias para colocar os interesses das pessoas à frente dos sistemas de saúde, com uma Atenção Primária à Saúde bem desenvolvida e qualificada.

Iona Heath, Michael Kidd, Marc Jamoulle, Richard Roberts, Leonardo Boff são alguns dos convidados especiais já confirmados.

Visite o site do evento e participe –  http://www.montevideo2015wonca-cimf.org/

 

Valor Econômico aborda saúde e atenção primária

Artigo publicado no site do jornal Valor Econômico ressalta a importância da atenção primária na esfera pública. A atenção primária, na maioria das vezes composta de serviços não especializados, desenvolve ações de caráter individual e coletivo que incluem a promoção da saúde, a prevenção da doença, o tratamento e a reabilitação.

O artigo destaca que 17,9% das internações realizadas seriam evitadas ou reduzidas se as doenças fossem bem atendidas na atenção primária. As possíveis soluções devem começar pela conscientização que promover e prevenir não são atividades somente do setor saúde e envolvem a inclusão de outras áreas, como as políticas educacionais, nutricionais, de assistência social, de desenvolvimento da ciência e tecnologia, habitacionais e de planejamento urbano, além da comunicação social.

Leia o artigo “Saúde e Atenção Primária”: http://ow.ly/ITauy

Mais Médicos – 91% dos municípios tiveram todas as vagas preenchidas na 1ª chamada

A demanda de 91% dos municípios que aderiram ao novo edital do Programa Mais Médicos foi integralmente atendida já com a primeira chamada de médicos com CRM Brasil. Dentre as 1.294 cidades, 1.181 conseguiram atrair profissionais para suprir 100% das vagas disponíveis no novo edital, lançado em janeiro. Outras 46 tiveram a solicitação parcialmente atendida e 67 municípios ainda não conseguiram atrair nenhum médico. Destas, 30 cidades não foram escolhidas por nenhum profissional dentre as quatro opções disponíveis. Apenas um, dos 12 Distritos Indígenas, não preencheu todas as vagas.

Confira a apresentação do ministro.

Das 4.146 opções disponíveis para os médicos, 3.936 já foram ocupadas. Ao todo, 1.227 cidades e 12 DSEIs atraíram médicos para ocupar integral ou parcialmente as vagas nas unidades básicas de saúde. Cerca de 50% (605) dos municípios escolhidos estão dentro do critério de vulnerabilidade social e econômico, como as cidades com 20% de sua população em extrema pobreza, com IDH baixo e muito baixo, localizadas no semiárido, Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira e nas periferias de capitais e regiões metropolitanas. Também foi garantida expansão para os distritos indígenas. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avalia que os excelentes números de inscrição dos médicos e escolha de municípios demonstram a efetividade do Programa. “O Mais Médicos de fato está tendo uma resposta de credibilidade da população e dos gestores, que avaliam positivamente, além dos médicos que participam do Programa. Todos demostram uma satisfação muito grande com o Mais Médicos”, comemora.

O Sudeste foi a região mais atendida: das 1.019 opções disponíveis, 1.010 foram preenchidas. No Sul, das 520 solicitadas, 504 foram ocupadas, seguido do Centro-Oeste, com 380 ocupadas entre as 393 disponíveis, do Nordeste, com 1.708, das 1.784 possíveis e do Norte que 303 profissionais para as 395 vagas apontadas pelos municípios. As 210 vagas disponíveis serão abertas para a segunda chamada de profissionais.

Acesse a lista de municípios com vagas disponíveis na 2ª chamada.

Com a ocupação das 4.146 vagas apontadas pelos municípios no novo edital, o governo federal garantirá em 2015 a permanência de 18.247 médicos nas unidades básicas de saúde de todo o país, levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas. Serão 4.058 municípios beneficiados, 72,8% de todas as cidades do Brasil, além dos 34 distritos indígenas. Até 2014, 14.462 médicos atuavam em 3.785 municípios, beneficiando 50 milhões de brasileiros. “Em um curto espaço de tempo conseguiremos um salto enorme na ampliação da assistência na atenção básica. Hoje, população e entidades médicas, têm a real dimensão que o Programa representa para a população brasileira”, enfatizou Arthur Chioro.

PERFIL DOS PROFISSIONAIS  Dos 15.747 médicos com registro profissional do Brasil que se inscreveram no edital, 12.580 selecionaram municípios e 3.936 conseguiram ocupar vagas. A maioria deles (2.330 médicos) optou pelo benefício da pontuação de 10% nas provas de residência médica, caso tenha conceito satisfatório no seu percurso educacional. Outros 676 profissionais escolheram os benefícios do Mais Médicos e 930 médicos do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab)  escolheram continuar atuando no município por mais três anos.

Os profissionais que conseguiram alocação na primeira chamada têm de 11 a 20/2, exceto o período de Carnaval, para se apresentarem nos municípios, portando documento oficial com foto, que comprove sua naturalidade (estado/município), a cópia do Diploma ou Certificado de Conclusão de Curso e cópia do registro profissional emitido pelo Conselho Regional de Medicina ou declaração de que apresentará o documento até o dia do início das atividades. Os que não cumprirem esta etapa terão suas vagas disponibilizadas para a segunda chamada de seleção de municípios, que acontecerá nos dias 23 e 24 de fevereiro. A terceira chamada está prevista para os dias 17 e 18 de março. O profissional que for alocado no município que escolheu e não se apresentar na data prevista não poderá participar das outras chamadas.

Como regras para a classificação do médico na concorrência das vagas foi levada em conta, principalmente, a opção de prioridade do médico no município, e posterior análise curricular quanto a título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade, experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família, ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho – PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena), VER-SUS, do ProUni ou FIES. Como critérios de desempate foram considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento e ter maior idade. Data e horário da inscrição não são mais considerados.

Caso ainda existam vagas em 10 de abril, será aberta chamada para brasileiros formados no exterior e, no dia 5 de maio, para médicos estrangeiros. O módulo de acolhimento para esses profissionais está previsto para iniciar em 8 de junho. Trimestralmente, o Ministério da Saúde lançará edital para oferta das vagas em aberto. Os editais poderão contemplar municípios que antes não conseguiram aderir ao programa pela incapacidade instalada.

BALANÇO – Lançado em 2013, o Mais Médicos ampliou à assistência na atenção básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. Além de suprir a demanda dos municípios, a iniciativa prevê investimento na infraestrutura e formação profissional.

No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São R$ 5,6 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e R$ 1,9 bilhão para construções e ampliações de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Foram 26 mil UBS com recursos aprovados para construção ou melhoria e 24.935 obras contratadas. Do universo de obras contratadas, 22.782 (91,36%) estão em andamento ou já foram concluídas. Em relação às UPAs, 382 já foram concluídas e 443 estão em obras, de um total de 943 propostas aprovadas.

Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas até 2018, com o foco nas áreas prioritárias para o SUS. Já foram autorizadas 4.460 novas vagas de graduação, além da seleção de 39 municípios para criação de novos cursos. Em 2014, o governo federal autorizou 2.822 novas vagas de residência. Para 2015, serão 1.048 vagas abertas.

Fonte – site MS – http://portalsaude.saude.gov.br/

Desigualdades socioeconômicas no acesso e qualidade da atenção nos serviços de saúde

OBJETIVO: Avaliar desigualdades no acesso, utilização e qualidade da atenção à saúde associadas a características socioeconômicas.

MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional que realizou inquérito domiciliar com 2.927 indivíduos de 20 anos ou mais, em Pelotas, RS, em 2012. Variáveis de classificação econômica e escolaridade foram utilizadas para estimar associação com os desfechos: falta de acesso, utilização dos serviços de saúde, dias de espera para atendimento e tempo na fila de espera. Utilizou-se regressão de Poisson para as análises bruta e ajustada.

RESULTADOS: A falta de acesso foi referida por 6,5% dos indivíduos que buscaram atendimento. A prevalência de utilização de serviços de saúde nos 30 dias anteriores à entrevista foi de 29,3%. Destes, 26,4% esperaram cinco dias ou mais para o atendimento, 32,1% esperaram uma hora ou mais na fila. Aproximadamente metade dos atendimentos foi realizada nos serviços do Sistema Único de Saúde. O uso de serviços de saúde foi semelhante entre os estratos dos indicadores socioeconômicos. A falta de acesso e o tempo na fila de espera foram maiores entre os indivíduos de piores posições socioeconômicas, mesmo após ajuste para necessidades em saúde. O número de dias de espera para atendimento foi maior entre aqueles com melhor poder aquisitivo.

CONCLUSÕES: Embora não tenham sido observadas diferenças socioeconômicas no uso de serviços de saúde, foram evidenciadas desigualdades no acesso e na qualidade da atenção à saúde.

Autores: Bruno Pereira NunesI, Elaine ThuméII, Elaine TomasiI, Suele Manjourany Silva DuroI, Luiz Augusto FacchiniI,II

Artigo – artigo16_02_2015

Artigo publicado na Revista de Saúde Pública